Comportamento

Por Por Isadora Moraes


O sapo vidro, de nome científico Nymphargus bejaranoi, é considerado um animal raro no Brasil — Foto: ( Flickr/ Katherin Otalora/ CreativeCommons)
O sapo vidro, de nome científico Nymphargus bejaranoi, é considerado um animal raro no Brasil — Foto: ( Flickr/ Katherin Otalora/ CreativeCommons)

Quando falamos das florestas brasileiras, estamos nos referindo a uma biodiversidade sem fim. Os animais, as plantas, a matéria-prima, os remédios naturais e outras infinitas fontes de vida podem ser encontradas em meio ao verde do nosso país. Os biomas - Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampas e Pantanal - são os esconderijos de muitos bichos considerados raros aos olhos humanos.

A bióloga Thais Parra selecionou três animais curiosos e raros que vivem na mata brasileira. Confira:

1. Sapo vidro

Como o próprio nome diz, o seu corpo é transparente, possibilitando a visão completa das vísceras, músculos e ossos. Esse animal pertence à família Centrolenidae. “Eles são encontrados na floresta amazônica, mas também ocorrem no Paraguai, no norte da América do Sul e nas florestas úmidas da América Central”, diz a profissional.

2. Poraquê

Na foto, o peixe poraquê, de nome científico Electrophorus electricus — Foto: ( Flickr/ Joachim S. Müller/ CreativeCommons)
Na foto, o peixe poraquê, de nome científico Electrophorus electricus — Foto: ( Flickr/ Joachim S. Müller/ CreativeCommons)

Esse peixe também é conhecido como enguia elétrica. O animal é capaz de emitir ondas elétricas do interior do corpo para o exterior.

“Eles têm células especiais que emitem poderosas descargas elétricas de até 600 W. Os poraquês utilizam esta fascinante habilidade para muitas funções, como caçar, se defender de predadores e se comunicar com outras enguias”, acrescenta Thais.

3. Jequitiranabóia

Jequitiranabóia, de nome científico Fulgora laternaria, conhecido como inseto cabeça de amendoim — Foto: ( Flickr/ Eerika Schulz/ CreativeCommons)
Jequitiranabóia, de nome científico Fulgora laternaria, conhecido como inseto cabeça de amendoim — Foto: ( Flickr/ Eerika Schulz/ CreativeCommons)

O bicho, conhecido como inseto cabeça de amendoim, que também se assemelha a um crânio de jacaré, possui um aspecto pouco atrativo devido à sua alta expertise em se camuflar para escapar de predadores. As asas têm duas manchas que são parecidas com os olhos de uma coruja, o que também o ajuda a escapar de outras espécies. Ele é nativo da Mata Atlântica e considerado raro.

Mas mesmo com toda essa diversidade, a lista de espécies que estão ameaçadas de extinção só aumenta.

“Ararinha azul, onça pintada, lobo-guará, mico-leão-dourado, onça-parda da Caatinga, boto-cor-de-rosa, tatu-bola da Caatinga e pica-pau amarelo são algumas das espécies que vivem nas florestas brasileiras e que já estão ameaçadas de extinção”, afirma Thais.

Como preservá-los?

Dessa forma, nós, humanos, devemos pensar o quanto antes em como preservá-los, para que, em um futuro próximo, essas e outras espécies não desapareçam de vez da face da Terra. De acordo com o biólogo Ronaldo Morais, é possível conservar esses animais com pequenas atitudes do dia a dia, buscando a sustentabilidade como um estilo de vida.

“O primeiro passo é ter consciência de que para as pessoas viverem em equilíbrio nos grandes centros urbanos, os ambientes naturais precisam ser mantidos intactos”, alerta. O profissional revela que optar por marcas que apoiam e preservam a natureza já muda muita coisa.

Além disso, adquirir apenas o necessário, não desperdiçar comida e separar o lixo é um bom caminho. “Outro fator que deve ser levado em consideração na proteção desses animais é dizer não ao tráfico. Se você ver uma pessoa querendo vender um bicho exótico, diga não e logo em seguida denuncie, pois, assim, as autoridades poderão fazer algo a respeito”, diz.

Para os indivíduos que buscam ter uma vida mais alinhada com o meio ambiente, o biólogo sugere o documentário David Attenborough e Nosso Planeta como ponto de partida. O filme, que conta a trajetória do ambientalista que dá nome à produção, pontua a perda de áreas selvagens e mostra como podemos mudar isso daqui para frente.

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