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Geração, Formas de Ocorrência e Obtenção de Petróleo e Gás Natural AULA 2 – Geração do Petróleo e Sistemas Petrolíferos
Geoquímica Orgânica do Petróleo Estuda a composição e evolução da M.O. desde sua incorporação nos sedimentos até sua transformação em petróleo Petróleo: composto orgânico formado basicamente por H e C (hidrocarboneto), formado pela transformação térmica da M.O. vegetal/animal acumulado nos sedimentos e preservado da destruição por oxidação
A geração do Petróleo 99,9% do C é reciclado apenas  0,1% fica disponível para participar do processo de geração de hidrocarbonetos A M.O. deve constituir no mínimo 2% do volume dos sedimentos para que a geração seja possível, neste caso os sedimentos são denominados de rocha-fonte ou geradora Ambiente  de circulação restrita, alta produtividade e de baixa oxidação Além disso, é preciso: TEMPO: 60 milhões de anos TEMPERATURA: 60 A 120 graus Celsius CONDIÇÕES DE PRESERVAÇÃO: Ambiente Redutor
A geração do Petróleo Alterações físico-químicas devido ao aumento progressivo de temperatura e pressão a medida que os sedimentos são soterrados Já a algumas dezenas de metros o Nitrogênio é expulso na forma de NH 3 Progressivamente, parte da água intersticial também vai sendo expulsa dos sedimentos Cerca de 600m a temperatura atinge 41 graus Celsius e a M.O. se transforma em Querogênio Posteriormente, com acréscimo de temperatura e pressão o Querogênio se desintegra em moléculas menores dando origem ao petróleo líquido, condensado e/ou gás natural
A geração do Petróleo Janela de Geração: entre 60 e 120 graus Celsius Estágios de Maturação: MATURO: Petróleo líquido fluido e enriquecido em parafinas (cadeias não saturadas) SUPERMATURO (T>120 o  C): ‘queima’ dos sedimentos e do petróleo líquido, que será transformado em condensado, gás úmido e, finalmente, seco IMATURO (T<60 o  C): se gerado, será viscoso e rico em componentes pesados A Composição do Querogênio determina o tipo de Hidrocarboneto que poderá ser gerado
A geração do Petróleo Tissot (1974): Querogênio Tipo I, II ou III Proporção de H/C e O/C na M.O. Diagrama de van  Krevelen :  trends  de evolução Classificação: Indicadores obtidos a partir da Pirólise e análise do COT Índice de Hidrogênio – HI Índice de Oxigênio – OI H/C & HI elevados : Geração Óleos O/C & OI elevados : Geração Gás
A Qualidade do Petróleo Qualidade do óleo é diretamente proporcional a sua densidade, viscosidade e composição química. A presença de elementos que aumentam sua acidez é particularmente preocupante, tanto devido a questões de Segurança Operacional como na disponibilização para o Refino API  (grau): escala comparativa entre a densidade do fluido e a da água (10 o  API  <=> d = 1,0 g/cm 3 ) Viscosidade  (em cP): impacto  nas capacidade de produção RGO  (Razão Gás/Òleo): função da Rs (Razão de Solubilidade do gás no óleo); Influência a produtividade, as vazões e a recuperação final dos reservatórios Psat  (Pressão de Saturação): abaixo da qual o gás em solução começa a constituir uma fase separada do óleo; afeta a produtividade e a recuperação final H 2 S : problema para a Segurança Operacional TAN  (Total Acid Nunber): problemas no refino
A Qualidade do Petróleo API Máximo API Mínimo Bacia 50 11 Todas 36 17 Campos 47 14 Potiguar 42 16 Sergipe 50 14 Recôncavo 36 11 Espírito Santo 50 44 Solimões
Biodegradação 37 API – Paleoceno – Não degradado 25,4 API – Paleoceno – Mistura de óleo pesado, parcialmente degradado, e óleo leve 36 API – Eoceno – Mistura Óleo leve moderada degradação e Condensado 17 API – Eoceno – Mistura Óleo muito degradação e óleo leve Paleoceno – Óleo muito degradado
Biodegradação e Alteração Composicional durante a Migração Óleo proveniente de Fonte Madura Alterações de viscosidade devido a presença de águas ricas em oxigênio Biodegradação produz uma zona de petróleo morto (tar mat) na interface óleo-água Óleo pesado sobre óleo leve Biodegradação durante a migração Rocha selada pelo óleo morto (tar) Zona de Águas Meteórica
Diagrama de van Krevelen
Sistemas Petrolíferos
Sistema Petrolíferos Condições essenciais para que exista uma  Acumulação  de petróleo: Existência de Geração na Bacia Sedimentar Existência de Rochas Reservatórios Existência de Rochas Capeadoras (Selante) Existência de Estruturas de captação e aprisionamento (Trapas) Condições físicas para Migração O conjunto destes elementos mais suas relações espaciais e temporais define um  SISTEMA PETROLÍFERO
Sistema Petrolíferos A identificação de um Sistema Petrolífero depende da caracterização do hidrocarboneto ( Assinatura Geoquímica ) e da capacidade de relacioná-lo a uma determinada rocha-fonte Além disso, é preciso determinar os caminhos físicos de interconexão entre as acumulações e a rocha-fonte ( Rota de Migração ) Mais de um Sistema Petrolífero pode ocorrer numa mesma Bacia Sedimentar e estar atuando num mesmo tempo ou em tempos distintos
Assinatura Geoquímica do Petróleo
Rotas de Migração: através de Falha
Sistema Petrolíferos Para Magoon & Dow, fisicamente podemos entender um Sistema Petrolífero como: “ um Sistema Natural que compreende uma determinada porção de uma rocha-fonte ativa, todo o óleo e gás natural a ela relacionados e, ainda, todos os elementos geológicos (...) essenciais para a existência de uma acumulação” Rocha-fonte Selo Reservatório Falha
Sistema Petrolíferos A existência de um Sistema Petrolífero depende não apenas da existências dos elementos geológicos, mas, essencialmente, da relação espacial e temporal entre eles Migração não pode ocorrer antes de que os reservatórios e selos estejam depositados e estruturados para receber o petróleo e/ou gás gerado Se não houver rotas de migração apropriadas e antes que a rocha-fonte entre na janela de maturação, de forma que a expulsão do petróleo seja impossível, então poderá ser atingido o estágio supermaturo e o hidrocarboneto líquido poderá ser transformado em gás ou totalmente perdido. Se houver movimentação severa após o preenchimento dos reservatórios então a acumulação poderá ser destruída. As relações temporais são apresentadas num “ Quadro de Eventos ”
Quadro de Eventos Relaciona os tempos de geração, de deposição de rochas reservatório e selos, da estruturação e da migração; Assinala, ainda, o  Tempo Crítico
 
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Aula 2 GeraçãO Do PetróLeo E Sistemas PetrolíFeros Anp

  • 1. Geração, Formas de Ocorrência e Obtenção de Petróleo e Gás Natural AULA 2 – Geração do Petróleo e Sistemas Petrolíferos
  • 2. Geoquímica Orgânica do Petróleo Estuda a composição e evolução da M.O. desde sua incorporação nos sedimentos até sua transformação em petróleo Petróleo: composto orgânico formado basicamente por H e C (hidrocarboneto), formado pela transformação térmica da M.O. vegetal/animal acumulado nos sedimentos e preservado da destruição por oxidação
  • 3. A geração do Petróleo 99,9% do C é reciclado apenas 0,1% fica disponível para participar do processo de geração de hidrocarbonetos A M.O. deve constituir no mínimo 2% do volume dos sedimentos para que a geração seja possível, neste caso os sedimentos são denominados de rocha-fonte ou geradora Ambiente de circulação restrita, alta produtividade e de baixa oxidação Além disso, é preciso: TEMPO: 60 milhões de anos TEMPERATURA: 60 A 120 graus Celsius CONDIÇÕES DE PRESERVAÇÃO: Ambiente Redutor
  • 4. A geração do Petróleo Alterações físico-químicas devido ao aumento progressivo de temperatura e pressão a medida que os sedimentos são soterrados Já a algumas dezenas de metros o Nitrogênio é expulso na forma de NH 3 Progressivamente, parte da água intersticial também vai sendo expulsa dos sedimentos Cerca de 600m a temperatura atinge 41 graus Celsius e a M.O. se transforma em Querogênio Posteriormente, com acréscimo de temperatura e pressão o Querogênio se desintegra em moléculas menores dando origem ao petróleo líquido, condensado e/ou gás natural
  • 5. A geração do Petróleo Janela de Geração: entre 60 e 120 graus Celsius Estágios de Maturação: MATURO: Petróleo líquido fluido e enriquecido em parafinas (cadeias não saturadas) SUPERMATURO (T>120 o C): ‘queima’ dos sedimentos e do petróleo líquido, que será transformado em condensado, gás úmido e, finalmente, seco IMATURO (T<60 o C): se gerado, será viscoso e rico em componentes pesados A Composição do Querogênio determina o tipo de Hidrocarboneto que poderá ser gerado
  • 6. A geração do Petróleo Tissot (1974): Querogênio Tipo I, II ou III Proporção de H/C e O/C na M.O. Diagrama de van Krevelen : trends de evolução Classificação: Indicadores obtidos a partir da Pirólise e análise do COT Índice de Hidrogênio – HI Índice de Oxigênio – OI H/C & HI elevados : Geração Óleos O/C & OI elevados : Geração Gás
  • 7. A Qualidade do Petróleo Qualidade do óleo é diretamente proporcional a sua densidade, viscosidade e composição química. A presença de elementos que aumentam sua acidez é particularmente preocupante, tanto devido a questões de Segurança Operacional como na disponibilização para o Refino API (grau): escala comparativa entre a densidade do fluido e a da água (10 o API <=> d = 1,0 g/cm 3 ) Viscosidade (em cP): impacto nas capacidade de produção RGO (Razão Gás/Òleo): função da Rs (Razão de Solubilidade do gás no óleo); Influência a produtividade, as vazões e a recuperação final dos reservatórios Psat (Pressão de Saturação): abaixo da qual o gás em solução começa a constituir uma fase separada do óleo; afeta a produtividade e a recuperação final H 2 S : problema para a Segurança Operacional TAN (Total Acid Nunber): problemas no refino
  • 8. A Qualidade do Petróleo API Máximo API Mínimo Bacia 50 11 Todas 36 17 Campos 47 14 Potiguar 42 16 Sergipe 50 14 Recôncavo 36 11 Espírito Santo 50 44 Solimões
  • 9. Biodegradação 37 API – Paleoceno – Não degradado 25,4 API – Paleoceno – Mistura de óleo pesado, parcialmente degradado, e óleo leve 36 API – Eoceno – Mistura Óleo leve moderada degradação e Condensado 17 API – Eoceno – Mistura Óleo muito degradação e óleo leve Paleoceno – Óleo muito degradado
  • 10. Biodegradação e Alteração Composicional durante a Migração Óleo proveniente de Fonte Madura Alterações de viscosidade devido a presença de águas ricas em oxigênio Biodegradação produz uma zona de petróleo morto (tar mat) na interface óleo-água Óleo pesado sobre óleo leve Biodegradação durante a migração Rocha selada pelo óleo morto (tar) Zona de Águas Meteórica
  • 11. Diagrama de van Krevelen
  • 13. Sistema Petrolíferos Condições essenciais para que exista uma Acumulação de petróleo: Existência de Geração na Bacia Sedimentar Existência de Rochas Reservatórios Existência de Rochas Capeadoras (Selante) Existência de Estruturas de captação e aprisionamento (Trapas) Condições físicas para Migração O conjunto destes elementos mais suas relações espaciais e temporais define um SISTEMA PETROLÍFERO
  • 14. Sistema Petrolíferos A identificação de um Sistema Petrolífero depende da caracterização do hidrocarboneto ( Assinatura Geoquímica ) e da capacidade de relacioná-lo a uma determinada rocha-fonte Além disso, é preciso determinar os caminhos físicos de interconexão entre as acumulações e a rocha-fonte ( Rota de Migração ) Mais de um Sistema Petrolífero pode ocorrer numa mesma Bacia Sedimentar e estar atuando num mesmo tempo ou em tempos distintos
  • 16. Rotas de Migração: através de Falha
  • 17. Sistema Petrolíferos Para Magoon & Dow, fisicamente podemos entender um Sistema Petrolífero como: “ um Sistema Natural que compreende uma determinada porção de uma rocha-fonte ativa, todo o óleo e gás natural a ela relacionados e, ainda, todos os elementos geológicos (...) essenciais para a existência de uma acumulação” Rocha-fonte Selo Reservatório Falha
  • 18. Sistema Petrolíferos A existência de um Sistema Petrolífero depende não apenas da existências dos elementos geológicos, mas, essencialmente, da relação espacial e temporal entre eles Migração não pode ocorrer antes de que os reservatórios e selos estejam depositados e estruturados para receber o petróleo e/ou gás gerado Se não houver rotas de migração apropriadas e antes que a rocha-fonte entre na janela de maturação, de forma que a expulsão do petróleo seja impossível, então poderá ser atingido o estágio supermaturo e o hidrocarboneto líquido poderá ser transformado em gás ou totalmente perdido. Se houver movimentação severa após o preenchimento dos reservatórios então a acumulação poderá ser destruída. As relações temporais são apresentadas num “ Quadro de Eventos ”
  • 19. Quadro de Eventos Relaciona os tempos de geração, de deposição de rochas reservatório e selos, da estruturação e da migração; Assinala, ainda, o Tempo Crítico
  • 20.  
  • 21. FIM