Se nos últimos meses a Oi encontrou maior demanda para a venda de sua carteira de clientes de serviço de banda larga por fibra (ClientCo) em fatia regionais, a companhia indica que ainda vê possibilidade de fechar uma transação pelo pacote completo. Isso porque a Vivo começou a demonstrar interesse pela empresa e avalia proposta pelo conjunto de ativos, apurou o Pipeline.
O valor mínimo estabelecido no plano de recuperação judicial é de R$ 7,3 bilhões, à vista, um cheque considerável mesmo para o porte atual da subsidiária da espanhola Telefónica. Por isso, para deixar todas as portas abertas e viabilizar uma venda, a Oi decidiu agendar um leilão com as duas possibilidades. No dia 17 de julho, a Oi vai dar a opção a interessados de compra fatiada de cinco UPIs (Unidades Produtivas Isoladas), além de continuar possibilitando a compra da companhia inteira.
Na venda fatia, estão entre as empresas interessadas companhias como Alares, Desktop, Vero/Americanet e Sky, segundo o Valor. Na divisão de UPIs, a primeira reúne os ativos da região Centro-Oeste mais o estado de Minas Gerais, o segundo os da região Sul, o terceiro da região Sudeste, o quarto da região Norte e o quinto da região Nordeste.
Se houver demanda para os dois modelos, o leilão vai dar preferência ao que tiver valor maior no total: a soma das ofertas pelos ativos em separado ou a maior proposta pela empresa inteira. Investidores, porém, acreditam que, em qualquer cenário, será difícil alcançar o valor mínimo desejado. Uma das questões para a aquisição são os contratos estabelecidos com a V.tal, empresa de rede de fibra óptica em que a Oi detém 17%, que deverão ser revistos.
Se de fato o valor mínimo não for atingido, as propostas serão submetidas para avaliação de determinados grupos de credores da Oi. Caso sejam rejeitadas, será marcada uma nova data para continuação do leilão.
As UPIs incluem os contratos de clientes pessoas físicas e jurídicas celebrados entre a Oi e a V.Tal, além da prestação dos serviços voz sobre IP. “Para um provedor regional que já tem sua infraestrutura de fibra óptica interessaria só a carteira de clientes da Oi e não necessariamente o contrato com a V.tal”, diz um investidor.