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Por Silvia Rosa — São Paulo


Menos de um ano depois de a Zamp ter rejeitado uma oferta hostil feita pelo Mubadala para comprar 45% da companhia, o fundo voltou a avançar sobre a dona do Burger King no Brasil. Em leilão realizado ontem na bolsa, a gestora fez a sua participação na empresa saltar para 17,4%. Segundo apurou o Pipeline, trata-se de um aumento de 13 pontos percentuais em relação à fatia que tinha antes.

O movimento do Mubadala ocorre um mês após um outro acionista da companhia, a Mar Asset, que tem 5,24%, ter pedido a convocação de uma assembleia para discutir a criação de uma poison pill, em um esforço para proteger os minoritários de novas ofertas hostis. Por trás da proposta estava uma preocupação com o preço da ação, que havia ficado mais barata desde a última tentativa do Mubadala de assumir o controle, com uma queda de quase de 50% no período.

A reunião ainda não aconteceu e está marcada para quinta-feira da semana que vem, dia 31. No mecanismo proposto pela Mar, o investidor que adquirir uma fatia acima de 25% da empresa ficaria obrigado a fazer uma oferta pública de aquisição (OPA) pelo restante. Além disso, pela nova regra, ninguém poderia exercer votos em número superior a 15% do total de ações.

Com os 17,4% que agora tem na Zamp, o Mubadala se tornou o maior acionista individual da empresa. A FitPart, veículo de um family office de ex-sócios do Banco Garantia, tem 11,97%. Já a Restaurant Brands International (RBI), detentora global das marcas Burger King e Popeyes, soma 9,4%. No leilão de ontem, a Vinci Partners reduziu a sua fatia de 5,27% para 3,63%.

A rede do Burger King no Brasil pertence à Zamp — Foto: Divulgação
A rede do Burger King no Brasil pertence à Zamp — Foto: Divulgação

Hoje, a ação da Zamp negocia a R$ 5,39, 35% abaixo do valor proposto pelo Mubadala no ano passado, que considerou o preço de R$ 8,31. À época, o conselho de administração da empresa rejeitou a proposta por entender que o valor estava abaixo do que avalia como justo para a operação, embora já houvesse um prêmio em relação à cotação de então, de R$ 7,72.

A holding dona das redes Burger King e Popeyes lá fora também se manifestou naquele momento e afirmou que a transação com o Mubadala violaria cláusulas restritivas do contrato de uso das marcas no Brasil, em razão da participação do fundo em outras redes de franquias.

Desde o anúncio do leilão de compra de ações, em 18 de agosto, o papel voltou a subir e acumula alta de 53,17%. Nesta quarta, por volta das 14h, o papel avançava 6,95%.

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