Sede da Expo Mundial em 2030, os sauditas correm com mega projetos para mudar a vitrine do país quando os estrangeiros chegarem. O plano da família real saudita, que financia os investimentos, inclui um novo aeroporto para mais de 100 milhões de passageiros, um fluxo que também considera a tendência de aumento populacional na capital.
“Queremos ter algo que transforme a aviação. Não vai ser apenas um aeroporto, acreditamos que os aeroportos estão parados na forma tradicional há 20, 25 anos, mas uma vizinhança”, diz Marco Mejia, CEO do Aeroporto Internacional King Salman, ao Pipeline. “A base populacional também está crescendo e a cidade vai exigir mais conectividade. O aeroporto tem que ser um aspecto catalisador, para criar empregos, para movimentar a economia, para o trabalho logístico, onde vamos movimentar mais de 3,5 milhões de toneladas de carga.”
Para Mejia, esse aeroporto do futuro ainda em obras inclui torná-lo também um destino, e não só passagem de quem entra ou sai da cidade. “O futuro de um aeroporto acreditamos ser um destino, não será apenas um aeroporto por si só. As pessoas vão para um aeroporto porque vão viajar, mas não para aproveita sua estrutura de lojas, serviços e entretenimento”, diz. “Queremos criar uma área que vai atrair os moradores da cidade para irem e se divertir neste grande shopping.”
Mejia não abre as cifras do projeto, mas já circulou no setor a expectativa de receita: US$ 7,2 bilhões anuais no pleno funcionamento da “aerotrópolis”.
“É provavelmente um dos maiores investimentos que você verá em aeroportos, com muita tecnologia digital por trás de tudo isso.” O complexo de 57 km2 será abastecido com energia renovável.