O time de analistas do J.P. Morgan elevou de neutra para a compra a recomendação para a ação do Assaí, ao enxergar tendências mais positivas para o atacarejo no Brasil. A estimativa de preço-alvo também foi elevada, de R$ 15 para R$ 17,50. A nova projeção representa potencial de alta de 29% em relação ao fechamento da cotação de ontem. Por volta das 12h30, a ação subia 1,62%, a R$ 13,78.
O upgrade do banco foi dado em um momento em que os analistas veem uma recuperação da inflação de alimentos no país, que deve proporcionar resultados melhores para as empresas que operam redes de atacarejo. Para a instituição financeira americana, este cenário deve impulsionar os repasses de preços ao consumidor e promover avanços nas margens ao longo do ano.
O banco, porém, entende que o Assaí está melhor posicionado para surfar esse momento do que o Carrefour Brasil, que opera o Grupo Big. Na avaliação dos analistas Joseph Giordano, Nicolas Larrain e Guilherme Vilela, o desempenho das lojas maduras do Assaí e as iniciativas de ganho operacional devem resultar em uma performance melhor no critério mesmas lojas do que no Carrefour, além de uma desalavancagem mais rápida.
No último balanço do Assaí, referente ao quarto trimestre, vendas nas mesmas lojas ficaram 2,9% maiores, ainda refletindo a deflação de alimentos. O faturamento total foi de R$ 18,4 bilhões, avanço de 16% ante o quarto trimestre do ano anterior. A diluição de despesas ajudou a elevar a margem Ebitda em 0,5 ponto percentual na comparação anual, para 7,8% - 0,2 p.p acima da estimativa dos analistas.
O Carrefour Brasil, por sua vez, ainda tem baixa visibilidade nos resultados em razão persistência dos ruídos envolvendo a integração do Grupo Big, avalia o J.P. Morgan, ainda que as tendências operacionais sejam melhores, com destaque para a expansão do Sam’s Club.