Dia da Terra: cinco passos urgentes para o mercado da moda se tornar mais consciente

Ao longo desses 54 anos de existência da data, iniciativas socioambientais e agendas ficaram mais robustas, mas não o suficiente para frear os impactos negativos da relação caótica entre indústria e meio ambiente, assim como aponta um levantamento do Global Fashion Agenda de 2022.

A organização sem fins lucrativos identificou que a indústria da moda é a segunda mais poluente do mundo, descartando cerca de 90 milhões de toneladas de resíduos têxteis por ano. A projeção para os próximos seis anos é ainda mais preocupante, com um aumento desse número estimado em 60%.

A seguir Damylla Damiani, consultora de estilo da Damyller, divide cinco medidas que para enfrentar esse cenário que põe em risco o futuro do planeta Terra.

A era do algodão convencional está cedendo espaço para materiais mais sustentáveis. Tecidos como o algodão regenerativo e o linho cultivado de forma sustentável estão ganhando força como alternativas conscientes. Além disso, tecidos reciclados, como poliéster reciclado e nylon regenerado, estão ganhando destaque, oferecendo uma alternativa eco-friendly para as fibras sintéticas tradicionais.

O movimento pela produção local também é uma importante iniciativa para tornar o processo sustentável. A ideia é optar por fabricar suas coleções mais próximas dos consumidores, reduzindo assim as emissões de carbono associadas ao transporte de mercadorias. Além disso, a produção local permite um maior controle sobre as condições de trabalho e a qualidade dos produtos, promovendo uma abordagem mais ética e transparente.

Outra iniciativa que está cada vez mais sendo realizada é a compensação das emissões de carbono. A partir de investindo em projetos de reflorestamento, energia renovável e outras atitudes de moderação de carbono, as empresas poderão reduzir sua pegada ambiental e contribuir para a luta contra as mudanças climáticas.

Embalagens excessivas e não biodegradáveis devem ser uma preocupação crescente na indústria da moda. Para abordar esse problema, as marcas devem implementar programas de reciclagem de embalagens, reutilizando ou reciclando materiais que são usados no transporte das fábricas até as lojas. Além disso, a adoção de embalagens biodegradáveis ou compostáveis pode ser uma prática comum entre as empresas comprometidas com a sustentabilidade.

Mais do que nunca, os consumidores estão exigindo transparência sobre a origem dos produtos que compram. Fator que acaba gerando uma transformação no dia a dia da marca, para divulgarem informações sobre suas cadeias de suprimentos, desde a origem das matérias-primas até as condições de trabalho nas fábricas. Essa transparência não apenas promove a responsabilidade social e ambiental, mas também incentiva outras empresas a seguirem o exemplo.

Essa matéria faz parte da iniciativa #UmSóPlaneta, união de 19 marcas da Editora Globo, Edições Globo Condé Nast e CBN. Conheça o projeto aqui.