Dior Cruise 2025: como usar o estilo punk neste inverno

Tendo isso em mente, a Dior de Maria Grazia Chiuri aterrissou no jardim do Castelo de Drummond, em Perthshire, na Escócia, para relembrar o desfile da grife, no mesmo endereço, de 1955. A conexão foi retomada com um olhar atual, com clássicos revisitados, e laços ainda mais estreitados por meio de colaborações com estilistas e artesãos locais, como Samantha McCoach, fundadora e diretora criativa da marca Le Kilt.

Essa rede de contato entre a maison e a Escócia se materializou em bordados do contorno do país e fotografias do desfile dos anos 1950 aplicados em blusas com mangas bufantes, vestidos e trench coat.

A seleção das peças da coleção foram o clímax dessa história nostálgica, por sinal. Maria Grazia costurou o movimento punk com a pompa da realeza - especialmente da autêntica e libertária rainha Mary Stuart -, resultando na seleção de itens desejo com a cara do inverno. Confira a seguir.

Principal símbolo da indumentária escocesa, o kilt ganhou versões contemporâneas, caracterizadas por transparência, assimetria e comprimento para além do clássico mídi.

Por falar em tradição, os coturnos, peça-chave no guarda-roupa dos seguidores do movimento punk, foram substituídos uma bota de cano longo, solado tratorado e design minimalista.

Quando pensamos em kilt, de primeira, o quadriculado do tartã vem à mente. O tecido de lã realmente é o mais usado na peça tradicional, mas Maria Grazia levou a padronagem para outras peças, como calças e vestidos.

O metal das correntes e dos acessórios também foi outro código explorado pela diretora criativa em um lugar fora do habitual. Desde capas cobrindo o colo a vestidos longos e curtinhos, a malha metalizada passou força aos looks mais românticos, além de um ar medieval.

Nós, mulheres meio motomamis, temos um novo acessório para investir: as luvas de couro vazadas. Fazendo as vezes de manga, a peça também foi uma forma da estilista revisitar o estilo punk sem cair em um resultado caricato.

Resistindo à agitação das tendências de moda desde 1750, os corsets foram defendidos nesta coleção com uma proposta menos sensual por conta dos seus parceiros de styling, como sobreposição com vestido volumoso ou na companhia de uma calça reta, por exemplo. A peça foi um dos acenos à realeza escocesa, mas com uma dose de cumprimento bem sutil.