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Por Redação Glamour


Na última semana, a grife Alexander McQueen se envolveu em uma polêmica com internautas brasileiros que acusaram a marca de apropriação cultural. Tudo aconteceu após o lançamento da coleção Pre-Fall 2021, que traz uma peça com estampa que lembra a xilogravura de cordel, técnica artística tradicional de alguns estados da região Nordeste.

Marca Alexander McQueen é acusada de apropriação cultural por brasileiros ao lançar estampa que remete à xilogravura (Foto: Divulgação / Alexander McQueen) — Foto: Glamour
Marca Alexander McQueen é acusada de apropriação cultural por brasileiros ao lançar estampa que remete à xilogravura (Foto: Divulgação / Alexander McQueen) — Foto: Glamour


Uma foto publicada nas redes sociais da marca de um vestido midi com saia e mangas volumosas e a estampa semelhante à estética do cordel recebeu vários comentários de brasileiros pedindo reconhecimento da inspiração e créditos para a cultura nordestina. A coleção masculina de Fall 2021 também trouxe uma camisa e um terno com desenhos parecidos.

Comentários feitos por internautas acusando a grife Alexander McQueen de apropriação cultural (Foto: @alexandermcqueen) — Foto: Glamour
Comentários feitos por internautas acusando a grife Alexander McQueen de apropriação cultural (Foto: @alexandermcqueen) — Foto: Glamour


Muitos compararam a estampa com o trabalho do famoso gravador pernambucano J.Borges. Contudo, em comunicado enviado ao jornal Diário do Nordeste, o filho do artista e membro do Memorial J.Borges, Pablo, disse que o caso não se trata de um plágio do trabalho de seu pai. “Eu dei uma olhada bem detalhada e vi que não tem nada dele. Ainda arrisco em dizer que é a mesma técnica da xilogravura, porém não é da gente”, esclareceu.

Marca Alexander McQueen é acusada de apropriação cultural por brasileiros ao lançar estampa que remete à xilogravura (Foto: Divulgação / Alexander McQueen) — Foto: Glamour
Marca Alexander McQueen é acusada de apropriação cultural por brasileiros ao lançar estampa que remete à xilogravura (Foto: Divulgação / Alexander McQueen) — Foto: Glamour

A grife descreve a técnica usada para criar os desenhos como "parpercut", que utiliza de recortes em papel para produzir as impressões no tecido. Os ícones presentes na estampa, como o pássaro e o coração, são símbolos que já foram explorados anteriormente pela marca em outras coleções, assim como o método de estamparia. Até o momento, a Alexander McQueen e sua diretora criativa, Sarah Burton, não comentaram o caso.

Em 2020, um outro caso envolvendo apropriação cultural e a cultura nordestina aconteceu com a Prada, que foi acusada de copiar as típicas sandálias de couro com tiras trançadas que são vendidas nas grandes feiras da região Nordeste. Na época, a marca italiana deletou a foto do calçado de seu Instagram após a repercussão negativa.

Sandálias da Prada acusadas de serem cópias dos tradicionais calçados artesanais vendidos em grandes feiras da região Nordeste (Foto: Divulgação / Prada) — Foto: Glamour
Sandálias da Prada acusadas de serem cópias dos tradicionais calçados artesanais vendidos em grandes feiras da região Nordeste (Foto: Divulgação / Prada) — Foto: Glamour
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