Viagem
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Por Geiza Martins


Mala de viagem (Foto: Bruno Marçal / Arquivo Glamour) — Foto: Glamour
Mala de viagem (Foto: Bruno Marçal / Arquivo Glamour) — Foto: Glamour

Cada viagem que a gente faz tem uma vibe (e um budget) diferente. Podemos optar pelo modo clássico, com o conforto e a praticidade do bom e velho hotel; economizar um pouquinho e alugar um espaço só seu no Aribnb; fazer a mochileira e buscar apenas albergues; e até mesmo economizar real oficial, dormindo de graça na casa de gente hospitaleira (sim, isso existe e se chama CouchSurfing!). Opções não faltam para você fazer sua viagem pra gringa!

Para você ficar por dentro desses quatro tipos de hospedagens e descobrir qual combina mais com o seu roteiro, nada melhor do que que as dicas de quem tem experiência no assunto. Por isso pedimos para algumas mulheres viciadas em viajar nos falarem sobre cada uma delas! Vem ver...

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Para as clássicas: hotel


Para quem não abre mão de privacidade e conforto, os hotéis são sempre a melhor escolha. Dos "baratex" aos luxuosos, todos oferecem serviços que facilitam sua viagem (tipo café da manhã e lavanderia, por exemplo). Os requisitos básicos são cama confortável, chuveiro quente e quarto limpinho. Agora, se você estiver a fim de investir, o céu é o limite. A viajante e jornalista Tatiana Sisti, uma das criadoras do site de viagens triptofollow.com, conta pra gente porque vale a pena gastar um pouquinho mais e bancar um hotel na trip.

Camila Coelho em hotel em Paris (Foto: Instagram/Reprodução) — Foto: Glamour
Camila Coelho em hotel em Paris (Foto: Instagram/Reprodução) — Foto: Glamour

Pontos positivos: "A comodidade é um dos principais pontos. Dependendo do hotel, você tem o 'benefício' de não se preocupar com a alimentação (café da manhã ou todas as refeições inclusas); com shampoo e condicionador (alô, amenities!) e serviços mil que podem facilitar o seu roteiro". Isso sem falar na ajuda que a recepção pode te oferecer com room service, aluguel de carros, táxis, dicas de rotas, de passeios... "Outro benefício é que, quando você volta pro hotel depois de um longo dia, seu quarto está organizado, com toalhas limpas, cama arrumada, sem lixo etc".
Pontos negativos: Não dá para cozinhar, os itens do frigobar custam caro e o horário do check-in e do check-out podem atrapalhar um pouco o roteiro da trip. Você também não tem a oportunidade de conhecer muita gente (como acontece em albergues), ou até mesmo de conhecer a cultura do local, que é o que acontece quando nos hospedamos em casas e apês...
Como escolher: Vai só dormir uma noite? Aproveite para economizar e escolher um hotel que atenda apenas as suas necessidades básicas (afinal, você só vai passar algumas horas lá, né?). Mas a dica número um em qualquer situação é pesquisar sobre o hotel em sites de reserva, pois lá há as informações mais preciosas da Internet: o review de outros viajantes. Comentários sobre limpeza, cama e localização são valiosíssimos e podem evitar que você entre numa fria!

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Para uma experiência diferente (e barata): CouchSurfing


Ainda não conhece o "CS", apelido carinhoso do CouhSufing? O projeto é um serviço de hospitalidade baseado na "camaradagem". Você se acomoda e pode acomodar alguém sem pensar em lucro. Na prática, você ficar no sofá (pode ser cama, quarto de hóspede) de alguém sem precisar pagar por isso. Bacana, né? A viajante e publicitária Priscilla Torelli, 46 anos, é entusiasta da economia compartilhada em viagens e já viajou pelo mundo inteiro utilizando esse serviço. Aqui, ela conta para nós um pouquinho sobre suas experiências no CS.

Couchsurfing: a melhor parte é conhecer pessoas! (Foto: Instagram/Reprodução) — Foto: Glamour
Couchsurfing: a melhor parte é conhecer pessoas! (Foto: Instagram/Reprodução) — Foto: Glamour

Pontos positivos: "O CS vai além da hospedagem. Muitas e muitas vezes eu utilizei para conhecer gente nova, viver como uma local. Não é algo pasteurizado, mas sim, real! Há uma possibilidade incrível de fazer amigos para a vida, pois não há nenhum dinheiro envolvido", conta. E não é só o espaço físico que os hospedeiros vão dividir com você: é tempo também! "Foi o caso de quando visitei a Bósnia em 2011 e fiquei amiga de uma host do CS de lá, Zoe, com quem mantenho contato até hoje."
Pontos negativos: "Quando você se hospeda, parece que há um tipo de 'obrigação' entre anfitrião e hóspede no que tange à convivência", alerta Priscilla."Uma vez, na Ásia, fiquei na casa de uma pessoa que tinha algumas questões um tanto quanto delicadas de relacionamentos sociais. Depois, vi nitidamente que a mãe abriu as portas da casa para dar ao filho a oportunidade de se relacionar melhor com as pessoas. Não foi uma experiência ruim. Longe disso, foi bastante positiva. Mas meu anfitrião ficou quase que grudado comigo durante todo o meu pouco tempo no país dele!"
Como escolher: Na hora de fechar a hospedagem, Priscilla avalia o perfil de quem oferece abrigo. "Busco ver se tem a ver com o meu perfil. Como a pessoa é, do que gosta, por onde já andou no mundo..... Depois, leio os comentários".

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Para viver como uma local: Airbnb


Prático, seguro, barato (ou caro, se o seu budget permitir algo mais luxuoso)... O serviço online já existe há 10 anos e virou a maior rede de hospedagem do mundo. Você pode alugar tanto um quarto, quanto um quarto, uma casa e até um barco (sim!) inteiro. Tudo depende apenas do que você procura e do que os anfitriões oferecem! Além de já ter feito muito CS, Priscilla é anfitriã pioneira do Airbnb no Brasil (recebeu mais de 350 pessoas em sua casa!) e co-organizadora da Digital Host Week, uma iniciativa do site Superanfitriões que começou no ano passado e já prepara sua segunda edição.

Airbnb (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
Airbnb (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour

Pontos positivos: O Airbnb é a melhor forma de vivenciar um pouco a realidade do seu destino. Claro que a gente vai visitar a catedral e o museu da cidade, cuja informações estão em qualquer guia. Mas, ir a um ‘boteco’ local, ao mercado onde a galera faz compras, a uma rua especial... Isso só se você alugar seu próprio cantinho. E, se você optar por um quarto na casa de outra pessoa, vai ter um bônus que nenhum site de viagens pode oferecer: dicas de anfitriões que realmente vivem a cidade e querem mostrar o que ela tem de melhor.
Pontos negativos: "Nem sempre os locais que você quer estão disponíveis na data que você procura. E acontece também de, ao vivo, o lugar ser pior do que você idealizou! Eu mesma já passei por isso", conta Pri. "Ah, e nem sempre o host é solícito. Mas isso sá pra evitar: é só olhar o perfil dos anfitriões e conferir os comentários deixados por outras pessoas."
Como escolher: Além da casa e da localização, Priscilla foca principalmente em eleger um anfitrião bacana. Ela checa quem é essa pessoa que vai recebê-la. "Mais importante do que a descrição que a pessoa se dá, é o que os outros falam dessa pessoa. Ou seja, fique de olho nos comentários. Eles são o que vão poder balizar sua escolha".

Para economizar (muito!) e badalar: albergues/hostels


Eis um jeito barato de viajar e conhecer pessoas! Os albergues (a.k.a. hostels) estão sempre lotados de pessoas de todas as idades que querem interagir. Arquitetonicamente falando, essas hospedarias têm um espaço de convivência maior. Os mais descolados até oferecem festinhas abertas ao público. Perguntamos para a viajante e realizadora audiovisual Anna Carl Lucchese, 36 anos, quais são as vantagens e desvantagens desse tipo de hospedagem. Ela é a criadora da plataforma Why Do I Travel Alone? (Por que eu viajo sozinha?) e já visitou mais de 22 países.

Hostel da rede Generator em Milão (Foto: Instagram/Reprodução) — Foto: Glamour
Hostel da rede Generator em Milão (Foto: Instagram/Reprodução) — Foto: Glamour

Pontos positivos: "É uma ótima opção quando se viaja sozinha. Você troca informações, conhece pessoas de outros lugares. Tanto os funcionários como a estrutura do lugar propiciam muito a aproximação e a convivência. Num momento em que estamos cada vez mais individualistas, é importante ter esses momentos de contato com pessoas diferentes de você." Bônus: por serem muito hypados, os albergues costumam ter localizações super centrais e precinhos pra lá de amigáveis (em geral, pode-se dividir um quarto com até 6 pessoas!).
Pontos negativos: "Nem sempre a convivência é agradável. Você pode dar azar e ter uma experiência ruim ou diferente daquilo que você imaginava.Uma vez, eu e uma amiga estávamos dormindo e, de repente, chegou um grupo de meninas super bêbadas. Nós estávamos na cama delas, os funcionários nos colocaram ali por engano. E elas começaram dar piti, deu uma mega confusão e chamamos até polícia. A menina que estava mais alterada, aos poucos foi se controlando e veio pedir desculpa. Nesse mesmo quarto, lembro que tinha um cara dormindo só de cuecas e nem aí que estava num ambiente só com garotas". Tenso...
Como escolher: Existe uma variedade muuuuito grande de albergues. Na hora de procurar um hostel, Anna faz uma vasta pesquisa na web. "É bem importante ler os comentários sobre o lugar e o perfil que eles atendem. Tem lugar que é para pessoas mais festeiras, mas há opções mais tranquilas", comenta. Em relação ao quarto, geralmente, ela reserva quarto feminino com 6 a 8 camas. "Acho o ambiente ideal", conta. Mas quem quer mais privacidade também pode optar por um quarto privativo com seu próprio banheiro (ideal para casais)! Anna também sempre procura lugares com boa estrutura, que geralmente são um pouco mais caros. "Sempre olho as fotos dos banheiros. A localização também é bem importante. Mas também levaria isso em consideração se fosse ficar em um hotel".

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