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Por Redação Glamour


"Unidade Básica" (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
"Unidade Básica" (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour

"Unidade Básica" tem Caco Ciocler, Ana Petta, Carlota Joaquina, Vinicius de Oliveira e Bianca Muller no elenco. O drama se passa em uma Unidade Básica de Saúde e traz histórias de superação e desafios enfrentadas por dois médicos que têm visões diferentes sobre a atuação na UBS.

Uma de suas criadoras, a médica Helena Petta, está fazendo doutorado em Harvard sobre como as séries comunicam a saúde pública (muitas vezes, de um jeito equivocado). Você, viciada em programas como ER, Grey's Anatomy e companhia, vem com a gente ver o diagnóstico de cada um!

Unidade Básica
As séries, de forma geral, mostram as emergências ou a busca de um diagnóstico difícil, que faz parte da rotina da minoria dos médicos. "Na prática diária da maioria, temos que lidar com doenças conhecidas, mas de difícil abordagem, pois envolvem outros aspectos além da terapêutica tradicional. Aids, diabetes, alcoolismo, depressão, saúde mental, aparecem já com diagnóstico dado, mas envolvem outros elementos (preconceitos, fé, não adesão ao tratamento, etc.), que obrigam aos profissionais a terem outros tipos de abordagem. O que "Unidade Básica" tem de original é mostrar esse outro aspecto da saúde, a atenção primária. São casos que, embora pareçam mais simples, são muito complexos", explica Helena.

House
House foca na busca do diagnóstico, mas ignora que para se ter uma melhor abordagem terapêutica a relação médico-paciente é fundamental. House diz que os pacientes mentem e por isso não se deve acreditar no que dizem. Segundo a médica, em uma abordagem mais ampla, deveríamos perguntar: "Por que o paciente está mentindo? O que será que realmente está acontecendo?". E o "efeito House" que temos nos alunos de graduação de Medicina, por exemplo, é que temos uma geração que acha que a Ressonância Magnética é mais importante do que conversar um pouco mais com a pessoa.

ER
O foco é a emergência de um grande hospital. "Claro que todos que fizerem Medicina terão contato com este universo (no internato), mas depois apenas os que cursarem Residências com estágios em Pronto Socorro ou quem for emergencista irá realmente vivenciar aquilo", diz Helena, que completa: "A maioria dos médicos tem uma inserção em ambulatórios e acompanha casos mais crônicos, em que a conduta não precisa ser imediata e que não há risco de vida eminente. A dificuldade é outra (a adesão ao tratamento, o seguimento, mudança no estilo de vida, etc.), e não a adrenalina que a série mostra."

Grey's Anatomy
Mostra o dia a dia de médicos residentes em um hospital. De acordo com Helena, apenas quem for para áreas mais hospitalares irá vivenciar aquilo. "É bem interessante o que mostram sobre a hierarquia médica (o chefe mandando no R3, que manda no R2, que manda no R1, que manda no interno). Em hospital é exatamente o que acontece. Mas quem for trabalhar em unidades de saúde, por exemplo, irá vivenciar um local bem menos hierárquico", diz.

Programas jornalísticos e de entretenimento, como "Bem-Estar"
Falam da saúde focando o medo e os fatores de risco ("não coma carne", "não beba", "use camisinha"), mostrando o risco de adoecer se tiver um comportamento ruim. "Mas para a pessoa ter uma vida mais saudável é preciso reconhecer seu contexto de vida, sua história, sua relação familiar, seus medos e preconceitos e assim buscar uma melhor abordagem", garante Helena.

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