Morre os 102 anos Iris Apfel, uma das fashionistas mais icônicas

Formada em História da Arte, a "adolescente mais velha do mundo", como ela se autodenomina, ganhou uma exposição no Metropolitan Museum of Art, intitulada Rara Avis: Selections from the Iris Apfel Collection, em 2005. As conhecidas escadarias do MET, que servem de cenário para os seriados estadunidenses, como Gossip Girl, lotaram de pessoas que queriam ver de perto a coleção de roupas e acessórios de Iris divididos em 80 looks, que, quando não estão emprestadas para os eventos, ocupavam dois andares no apartamento da Park Avenue.

Sua assinatura nada discreta também pôde ser conferida em vitrines de lojas de departamentos, em parcerias com marcas, como a H&M, além de ser interpretada pela veterana Nathalia Timberg, na peça Através da Iris, que ficou em cartaz nos teatros brasileiros, em 2019, e de poder contar sua trajetória no documentário Iris, dirigido por Albert Maysles, exibido no Festival de Cinema de NY, e do livro autobiográfico, Iris Apfel: Accidental Icon.

Ela, que trabalhou por anos como designer de interiores antes de cravar seu nome no legado da moda, deixou suas ideias até mesmo na Casa Branca. Ao lado do marido, Carl Apfel, que morreu aos 100 anos, em 2015, criou uma empresa de tecelagem trabalhando nos mandatos de nove presidentes dos Estados Unidos, incluindo as famílias Kennedy e Clinton.

Com 2,8 milhões de seguidores no Instagram, Iris, que agora morava em Palm Beach, na Flórida, seguia inspirando mundo afora, ganhando inclusive uma boneca Barbie para chamar de sua. Por lá, ela compartilhava as homenagens que recebe dos fãs, como tatuagens, crianças e cachorros usando looks coloridos, colares pesados e, claro, os óculos redondos imensos, caricaturas, porcelanas com seu rosto desenhado, entre outros itens.