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Por Redação Glamour

Nove dias após o discurso de Jonathan Glazer no Oscar, a polêmica continua. Mais de 450 criativos, executivos e profissionais de Hollywood judeus assinaram uma carta aberta denunciando as declarações do diretor de Zona de Interesse.

Ecoando as palavras de Glazer, o grupo diz: “Refutamos o fato de o nosso judaísmo ter sido usado com o propósito de traçar uma equivalência moral entre um regime nazi que procurou exterminar uma raça de pessoas e uma nação israelita que procura evitar o seu próprio extermínio”.

Os signatários incluem Debra Messing, Eli Roth, Amy Pascal, Jennifer Jason Leigh, Tracy-Ann Oberman, Julianna Margulies e Nancy Spielberg – produtora e irmã de Steven Spielberg.

A declaração: “O uso de palavras como ‘ocupação’ para descrever um povo judeu que defende uma pátria que remonta milhares de anos e que foi reconhecida como um Estado pelas Nações Unidas, distorce a história. Dá credibilidade ao moderno libelo de sangue que alimenta um crescente ódio anti-judaico em todo o mundo, nos Estados Unidos e em Hollywood.”

O discurso de Glazer no Oscar, ao receber o prêmio de melhor filme estrangeiro ao lado do produtor James Wilson e do financista Len Blavatnik, foi recebido calorosamente no teatro Dolby, com aplausos entusiasmados de nomes como Mark Ruffalo.

“Todas as nossas escolhas foram feitas para refletir e confrontar-nos no presente, para não dizer olhem o que fizeram então, mas sim olhem o que fazemos agora. Nosso filme mostra onde a desumanização leva ao pior. Moldou todo o nosso passado e presente", disse Glazer.

A reação às palavras de Glazer começou na segunda-feira, quando a Anti-Defamation League (ADL) as chamou de “moralmente repreensíveis”. Na quinta-feira, o produtor executivo de Zona de Interesse, Danny Cohen, disse que “discorda fundamentalmente” de Glazer sobre o assunto.

O diretor de O Filho de Saul, László Nemes, compartilhou uma declaração na sexta-feira na qual condenou veementemente Glazer, dizendo que ele “deveria ter ficado em silêncio em vez de revelar que não tem compreensão da história e das forças que desfazem a civilização, antes ou depois do Holocausto."

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