Celebridades
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Por Por Paula Jacob (@pjaycob)


Duna estreando nos cinemas, Fundação no streaming e a ficção científica volta com tudo aos holofotes da cultura pop. Mas, antes de fazerem sucesso nas telas, eles ganharam o mundo em livros aclamados pelos fãs do gênero literário. Aproveitando a vibe, selecionamos 8 clássicos da ficção científica para você ter na estante e revisitar de tempos em tempos. Vale reparar o quanto todas as obras trazem questões contemporâneas mesmo em contextos dos mais diversos:

Zendaya e Timothée Chalamet na adaptação de "Duna", dirigida por Denis Villeneuve (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
Zendaya e Timothée Chalamet na adaptação de "Duna", dirigida por Denis Villeneuve (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
 (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
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Ursula K. Le Guin é uma das maiores autoras de ficção científica. Nascida em 1929, em Berkeley, ela foi autora de 23 romances, 12 volumes de contos, 11 de poesia e 13 livros infantis, sem contar as séries de ensaios sobre literatura. Tudo isso lhe rendeu reconhecimento internacional e a colocou no radar como uma das vozes mais originais do gênero literário – ainda mais sendo mulher. Recebeu seis Nebula Awards e sete Hugo Awards, ambos prêmios focados em sci-fi ou fantasia. Neste livro, Ursula consegue reunir discussões sobre gênero, feminismo, filosofia e mais a partir da história de Genly Ai (humano), que tem como missão convencer os moradores do planeta Gethen a se filiarem a uma comunidade universal. Porém, ao entrar em contato com uma civilização complexa, percebe-se perdido nos conceitos entre masculino e feminino. Esta edição ainda traz um prefácio de Neil Gaiman. (Aleph, R$ 69,90)

 (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
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Outra voz importantíssima dos clássicos sci-fi é o russo Isaac Asimov. Autor e editor de mais de 500 livros, ele é referência também no cinema, tendo inspirado narrativas visuais das mais diversas com as suas histórias brilhantes. Aqui, o livro que abre a famosa e aclamada trilogia Fundação, mostra as terríveis crises que podem levar o Império Galáctico a ruínas, entrando em tempos confusos de falta de informação e barbárie. Quem pode prever a tragédia é Hari Seldon, cientista da psico-história que traça uma saída possível para esse enorme problema. Vale aproveitar que a série de mesmo nome estreou na Apple TV+ para mergulhar nesse universo – mas leia antes de ver! (Aleph, R$ 59,90)

 (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
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Best-seller mundial, este livro é daqueles para começar a ler e não largar mais. A história acompanha Dana, escritora negra que, após ter um mau súbito, se vê perdida em uma realidade que não é a sua, entre a vida rotineira e essa versão do mundo que nem é tão ficcional assim. Ela entende, então, que está (re)vivendo as experiências de seus antepassados pouco antes da Guerra da Secessão. Usando de temas como racismo, escravidão e luta por direitos civis, Octavia coloca o leitor frente a frente com situações de tirar o fôlego. Enquanto mulher negra, a autora nascida em Pasadena, na Califórnia, traz uma outra ótica para as histórias sci-fi, se consagrando como a primeira grande autora do gênero num contexto bastante branco e masculino. (Morro Branco, R$ 54,90)

 (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
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Viu muito o Timothee Chalamet por aí no tapete vermelho, né? Além do novo filme do Wes Anderson, A Crônica Francesa, o jovem ator queridinho de Hollywood é também estrela da adaptação deste clássico de Frank Herbert, assinada por Denis Villeneuve. Mais um para ver depois de ler na listinha, hein?! Misturando um pouco de sci-fi com misticismo, um pouco de caos e aventura, o autor e jornalista norte-americano escreve a série premiada que começa com o livro um. Ambientado num futuro distante, em um contexto de “império feudal intergaláctico”, o livro acompanha o herdeiro Paul Atreides prestes a assumir um papel importante no controle do planeta Arrakis, fonte de uma “energia” específica que ajuda a expandir a consciência e fazer viagens espaciais. Mas como nada sempre é dado assim, de mão beijada, o jovem precisa enfrentar certas questões pessoais para decidir entre a família e a proteção de um povo. (Aleph, R$ 89,90)

(Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
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Essa capa provavelmente te fez pensar no clássico filme de 1927, dirigido por Fritz Lang. Mas antes dele fazer tanto sucesso no cinema, foi uma mulher que o trouxe à vida: Thea von Harbou – atriz, roteirista e escritora que também assina o roteiro da adaptação para as telas. Aqui, ela cria a cidade futurista de Metrópolis, dividida em dois andares: no primeiro, a elite dominante que vive para desfrutar os prazeres da vida; no segundo, os trabalhadores que vivem em condições super precárias. Nesse contexto, uma cena quase shakespeariana acontece: Freder, filho do Senador, se apaixona por Maria. Desse amor, ele entende que a vida não é a mesma para todos e passa a lutar pela libertação dos que foram oprimidos por tantos anos – qualquer semelhança com a vida contemporânea não é mera coincidência. (Aleph, R$ 99,90)

(Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
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Mais um livro escrito por uma mulher que caiu no gosto popular por causa do cinema – claro, na sua época de lançamento, em 1985, também sacudiu as prateleiras das livrarias. Porém, foi a série The Handmaid's Tale + as políticas em detrimento do corpo da mulher nos Estados Unidos de Trump que jogaram luz nas temáticas trazidas por Margaret Atwood lá atrás. O contexto distópico mostra uma sociedade teocrática e totalitária, sem qualquer fonte de informação (jornais, universidades, etc), que domina, entre outras coisas, a liberdade das mulheres na mais profunda raiz do problema. (Rocco, R$ 64,90)

(Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
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Pois é, o nome do livro original é esse grandão mesmo. Mas, por conta do sucesso de Blade Runner: O Caçador de Androides, de Ridley Scott, o livro acabou ganhando um novo nome. Neste romance, Philip K Dick coloca em cena uma Terra devastada por uma guerra atômica (isso em 2019!), que dividiu a sociedade nos que fugiram para as colônias e os que ficaram lutando para sobreviver em um ambiente extremamente hostil. Com a falta de vida (plantas, animais…), réplicas começam a ser feitas, inclusive de humanos. Nesse contexto, Rick Deckard, caçador de androides ilegais, surge para eliminar os fugitivos de Marte ao passo que sonha em ter uma ovelha de estimação elétrica. Nessa busca, ele descobre que as coisas entre realidade e ficção não são tão bem definidas assim. (Aleph, R$ 54,90)

(Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
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Para finalizar a lista, o clássico moderno de Aldous Huxley, que escreve neste livro sobre uma sociedade organizada por princípios estritamente científicos. Ali, o psicólogo Bernard Marx se sente inadequado e, na tentativa de se reencontrar, descobre uma reserva histórica, que guarda todos os costumes da sociedade anterior. A partir desse contato, ele começa a desafiar a norma da época e o mundo à sua volta, que não enxerga a cultura como uma possibilidade de existência. Tamanha clareza sobre os comportamentos que viriam a seguir da publicação de Admirável Mundo Novo (isso em 1932!) fez o autor um dos nomes mais relevantes e influentes da literatura. (Biblioteca Azul, R$ 49,90)

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