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Valesca Popozuda entrega o recado de seu novo trabalho - e, na verdade, da trajetória que tem feito desde o começo de tudo - já no começo de "De Volta Para Gaiola: Amor" e "De Volta Para Gaiola: Amor de Verdade", seus dois novos EPs que chegaram em todas as plataformas digitais na última sexta-feira (05.07). "Esse caminho foi feito pra todas as mulheres", ela avisa logo no primeiro segundo do play, reforçando a mensagem que também deixa explícita com as duas capas do projeto. "Seja coberta ou nua, eu tenho o poder, eu tenho a escolha, eu sou essa mulher incrível e não devo nada pra ninguém, sou livre!", reforça ao explicar sobre o processo criativo.

O novo trabalho, que tem o amor como tema central, marca uma transformação significativa na carreira da artista, que explora diversos ritmos e influências do R&B, pagode e trap para ecoar sua maturidade musical e sexual. "De Volta Para Gaiola: Amor" , na capa e nas letras, é a versão light deste projeto, que Valesca entrega que fez para atender, também, à parcela de fãs que prefere músicas para ouvir com qualquer pessoa e em qualquer momento. Já "De Volta Para Gaiola: Amor De Verdade" traz a essência do "proibidão" e dos primeiros trabalhos musicais da funkeira, que ainda permanecem mesmo em meio à tantas transformações: "O que eu sinto mais orgulho desse trabalho é que, em todas as faixas, você consegue captar a Gaiola Das Popozudas no seu início junto com a Valesca Popozuda nos dias de hoje", explica.

A seguir, em entrevista exclusiva à Glamour, a artista comemora a nova fase, fala sobre como surgiu a ideia de explorar o amor com dois EPs ao mesmo tempo, entrega seu top 3 de love songs e reforça sua função de, através da música, continuar ajudando a empoderar outras mulheres: "O homem faz música se está triste, se está feliz, se está fazendo uma salada de fruta. Mas eu, mulher, não posso cantar do meu desejo? Temos que nos empoderar cada vez mais", reforça. A seguir, confira o papo na íntegra:

Valesca — Foto: Felipe Braga
Valesca — Foto: Felipe Braga

1 - O que te fez trazer o “amor” como principal tema do seu novo trabalho?

É o amor. E o amor de verdade, né? É toda uma construção, desde o começo da minha carreira, onde tudo começou, e a paixão pelo que eu faço, pela música, e os proibidões, que têm tudo a ver com a Gaiola das Popozudas. Eu sempre falei de amor de várias formas no pancadão, sendo em versão explícita ou em versão light. Mas, dessa vez, resolvi trazer de duas formas: "o amor" que é uma construção, de onde eu comecei até chegar aqui, e o "amor de verdade", que é o jeito que me sinto hoje em dia; essa Valesca poderosa, que conquistou muito e tem muito ainda para conquistar. É um EP totalmente diferente de tudo o que já lancei.

2 - E como surgiu a ideia de lançar dois EPs ao mesmo tempo?

Eu sempre lancei só o Proibidão, nunca com versões light junto, mas resolvi fazer diferente dessa vez. Para quem gosta de um proibidão, assim como eu, vai ouvir a versão explícita; e quem não gosta, porque eu sei que tenho fãs também que curtem uma versão mais light, resolvi presentear com essa versão mais tranquila, para poder ouvir em casa ou onde quiser. Ninguém vai deixar de ouvir Valesca. Ninguém pode reclamar agora, tem para todos os gostos.

3 - A parte visual dos EPs também veio bem forte: além das duas capas que já entregam as diferenças entre os dois (a versão light e a versão proibidona), todas as faixas também vão ter clipes. Como foi esse processo criativo?

Então, o processo começou já nas músicas, quando resolvi que iria lançar, e a capa ficou muito clara. Tem a versão light, aquela coisa mais macacão, comportada, e a versão explícita da mulher no poder. A mulher não tem que se esconder, não tem que ficar tapada o tempo todo por conta do que a sociedade vai pensar ou deixar de pensar; para ser livre, ser ela sempre. Então, a questão da capa é isso: duas partes que têm muito da liberdade da mulher, algo que sempre falei muito, de feminismo mesmo. Lá atrás, eu já levantava uma bandeira e nem imaginava; posso dizer que é o meu legado. Seja coberta ou nua, eu tenho o poder, eu tenho a escolha, eu sou essa mulher incrível e não devo nada pra ninguém, sou livre!

Valesca — Foto: Divulgação
Valesca — Foto: Divulgação
Valesca — Foto: Divulgação
Valesca — Foto: Divulgação

4 - Você declarou que esse novo projeto é “um manifesto pela liberdade sexual na maturidade e o empoderamento feminino”. Como alguém que está na cena do funk há um tempo, certamente já lidou com muitos preconceitos e machismo… Como vê o cenário hoje? E diria que a liberdade sexual na maturidade é um novo tabu, apesar dos avanços que tivemos com o feminismo? Fale um pouco sobre isso:

Lá atrás, era quase impossível se falar sobre esses assuntos. Estamos cada vez mais felizes, ainda mais eu, em quebrar essas barreiras. Quero trazer essa liberdade para a mulher cada vez mais. Não temos que nos sentir oprimidas em nada e nem abaixar a cabeça. Avançamos muito no movimento, mas o machismo ainda existe, a internet não me deixa mentir. O homem faz música se está triste, se está feliz, se está fazendo uma salada de fruta. Mas eu, mulher, não posso cantar do meu desejo? Temos que nos empoderar cada vez mais.

5 - Outro ponto muito legal desse projeto é que você traz outros gêneros musicais, algo que revelou em uma entrevista anterior que tinha vontade de fazer. Como foi se jogar nessa iniciativa? Qual a parte mais prazerosa e a mais difícil de sair do “conhecido” na hora de fazer música?

Mais prazerosa é me reinventar. Eu tirei um tempo para mim para entender o que eu queria lançar, qual tipo de música eu queria cantar, que tipo de história eu queria contar. Minha última música de trabalho foi em janeiro com "Xerecão No Chão", então fiquei meses sem lançar nada. Me veio essa vontade de lançar a continuação do "De Volta Pra Gaiola", um EP proibidão que eu lancei em 2019 que foi um resgate do meu começo musical na Gaiola Das Popozudas. Mas eu queria fazer algo diferente, não estava afim de fazer pancadão pra galera jogar a raba pro alto. Até jogar a raba pro alto talvez, mas de outra maneira.

Me reuni com a minha equipe e meus produtores e viajei nas ideias. Estava com esse foco musical no R&B e rap para fazer uma mistura. Em determinado momento, veio o pagodinho, remetendo à "Mama", uma música icônica na minha carreira ao lado do Mr. Catra. Posso dizer até que fui a primeira funkeira a cantar um pagode? [risos]. Mas também queria algo que fosse bem-humorado. O que eu sinto mais orgulho desse trabalho é que, em todas as faixas, você consegue captar a Gaiola Das Popozudas no seu início junto com a Valesca Popozuda nos dias de hoje.

6 - Você já tem alguma faixa preferida desse álbum?

Não é forçando não, mas eu realmente amo todas. Porém, meu xodó, é uma faixa que está na segunda parte, que será lançada em agosto, chamada Merci Beaucoup.

7 - E já que estamos falando de música de amor… Qual seria o seu top 3 da vida quando o assunto é love songs?

No One, da Alicia Keys; Drunk In Love, da Beyoncé; e 20 Ligações, do Baco Exu Do Blues. Vale mencionar que o Baco foi uma forte inspiração nesse projeto.

Valesca — Foto: Felipe Braga
Valesca — Foto: Felipe Braga

8 - Com o start desse novo projeto, o que o público pode esperar? Shows, mais novidades…? Conta pra gente:

Esse é o maior EP que eu já lancei em toda a minha carreira, nesses mais de 20 anos. Então vamos trabalhar muito para divulgar bastante. Até o final do ano é esse EP.

| Canal da Glamour |

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