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Por Redação Glamour

O spin-off de "Sex And The City", uma das séries mais amadas dos anos 90 e início dos anos 2000, estreou sua aguardada segunda temporada na HBO Max no dia 22 de junho. Com novos episódios lançados toda quinta-feira (hoje é dia de mais um, inclusive!), "And Just Like That..." acompanha a vida de Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), Miranda Hobbes (Cynthia Nixon) e Charlotte York (Kristin Davis) já na casa dos 50, dezessete anos depois do episódio que fechou a trama.

Com a mente bem mais aberta que a que conhecemos na década de 90, as personagens continuam a busca pelo amor na cidade de Nova York - mas não só o romântico; tem também o pelas amigas, família, profissão e, inclusive, o próprio. Charlotte, por exemplo, deixa as idealizações de lado e procura se adequar e ser a melhor versão possível dentro da realidade que se apresenta, por mais que, muitas vezes, também precise lidar com a própria resistência interna. "Ela realmente teve que ir mais fundo para saber o que era importante, e isso é uma grande lição a aprender. De certa forma, ela ainda está lutando com suas ideias versus a realidade", comenta a atriz Kristin Davis, que vive a personagem, em entrevista exclusiva cedida pela HBO.

No papo, além de analisar esse novo cenário, ela também fala sobre a relação com o público, a sensação de fazer parte da série e, ainda, escolhe os momentos favoritos na trama. Confira a seguir:

And just like that — Foto: Reprodução
And just like that — Foto: Reprodução

1 - No início desta temporada, onde encontramos Charlotte?

Praticamente onde a deixamos. Ela ainda está tentando ser a melhor mãe e a melhor esposa para Harry. Há alguns desafios com as crianças no sentido do que elas querem fazer, e Charlotte luta contra o seu desejo de tentar controlar. Então, conforme a temporada avança, vemos um pouco disso chegando ao auge em termos de saber se Charlotte está fazendo a coisa certa para as crianças, e também fazendo o certo para si mesma. Ela tem que reexaminar isso e pensar sobre o significado, o que é ótimo. É divertido e posso me relacionar com isso.

2 - Como você acha que ela mudou ou cresceu como personagem?

Bem, eu sinto que ela é definitivamente muito mais aberta para o mundo. Ela começou assim, tão focada em seus objetivos de se casar e ter tudo perfeito - e a ideia dela de perfeito era bem limitada, eu diria, lá no começo. Através dessa experiência com o divórcio, e depois de ter problemas para ter filhos da maneira que esperava, ela realmente teve que ir mais fundo para saber o que era importante, e isso é uma grande lição a aprender. De certa forma, Charlotte ainda está lutando com suas ideias versus a realidade.

Isso é verdade para muitos de nós, é claro. É difícil conciliar sua própria imagem do que a vida deveria ser com o que a vida realmente é às vezes. Então, ela tem tudo o que quer de muitas maneiras, mas ainda tem que se examinar: quem sou eu? Estou realizada? Estou feliz o suficiente? Estou de alguma forma vivendo minha vida para todos os outros, não para mim? E eu acho que, de uma forma estranha, no começo, era isso que ela estava fazendo. Estava vivendo sua vida por seus ideais, não necessariamente por outra pessoa, mas por ela; mas teve que voltar à terra e dizer “a pessoa que eu amo não se parece com o que eu esperava, mas isso não importa”. Ela teve que aprender a deixar as coisas acontecerem.

Kristin Davis, atriz de Sex and the City — Foto: Reprodução
Kristin Davis, atriz de Sex and the City — Foto: Reprodução

3 - Imagino que muitos espectadores possam se identificar. Talvez eles fossem mais idealistas quando começaram a assistir ao programa e, talvez, tenham descoberto que suas próprias vidas se desenrolaram de uma maneira diferente:

Temos nosso grupo principal de pessoas da mesma idade, certo? Mas também tem os mais jovens e os mais velhos, e eu acho que todos podem se relacionar. Agora, temos novas pessoas descobrindo o show original, o que é muito divertido e interessante. É bom ouvir as pessoas falarem com você sobre como se sentem, ou com o que se relacionam, e como isso é e mudou ao longo dos anos. Eu sinto que todos nós passamos por isso juntos.

4 - Quando as pessoas se aproximam de você na rua, o que você ouve com mais frequência?

Muitas vezes é 'Eu sou uma Charlotte!' .E, às vezes, eles dizem: 'acabei de assistir a primeira temporada de novo!'. Ao longo dos anos, tive coisas diferentes: quando Charlotte estava se convertendo ao judaísmo, muitas pessoas vieram até mim para dizer: 'Eu me converti a esta ou aquela religião para meu marido.' E quando Charlotte foi lutando para engravidar, muitas mulheres vieram e falaram comigo sobre isso, porque é claro que é um problema muito comum. É tão doce quando as pessoas falam sobre sua própria experiência.

5 - Eu acho que, quando você assiste alguém na TV em sua casa, especialmente em um longo período, você sente que os conhece. As pessoas agem como se conhecessem você?

Sim, mas também tem essa coisa estranha, onde eles sentem que te conhecem, mas também ficam surpresos ao vê-lo em carne e osso. Estamos falando de coisas que compartilhamos, certo? Porque nós compartilhamos o show. Mas também há um elemento estranho deles ficando chocados, e eu fico tipo: ‘Sim, estou aqui. Eu estou viva. Eu sou real.' Além disso, eu realmente não me visto como a Charlotte na vida real. Então, talvez eles estejam apenas chocados que este vestido super casual é de alguém que é a Charlotte. Não sei, mas eles sempre parecem chocados.

6 - Você tem algum momento favorito da sua personagem?

Oh Deus, tantos! Aquela cena, lá atrás, quando Charlotte diz: ‘Eu estou namorando desde os 15 anos. Estou exausta. Onde ele está?'. Esse foi um grande momento que parece que vive na mente das pessoas, o que é interessante. Meus outros momentos favoritos foram os casamentos. Eu também penso sobre a nossa experiência de filmagem. O primeiro casamento de Charlotte com Trey demorou tanto para filmar que todas as meninas adormeceram nos bancos da igreja, e eu tenho fotos deles. Eu tenho memórias como essas, espalhadas junto com todos os meus momentos que foram ao ar. Também tenho ótimas lembranças do Marrocos.

7 - Qual foi a sua coisa favorita sobre o Marrocos?

Por onde começar!? Em primeiro lugar, apenas o fato de estar lá filmando foi mágico e incrível. É um país tão bonito e eles foram tão gentis conosco. Sarah e eu fomos comprar tapetes e ainda os temos. Ela reaproveitou o dela nesta mesa otomana muito legal, como patchwork, porque ela é super criativa. Eu já tive o meu em diferentes lugares da minha casa.

Havia algo muito surreal nisso - estar em um país muito, muito diferente, com nossos mesmos personagens, com nossa equipe. Foi uma loucura! Eu sou uma viajante, então realmente adorei.

8 - Existe uma sensação especial quando vocês se reúnem para filmar?

É emocionante, com certeza. Quero dizer, estamos trabalhando, então também investimos muito nos detalhes. O cuidado que se tem com cada coisa, cada detalhe. A cozinha de Charlotte, por exemplo, é debatida: isso deveria ser aqui ou ali? Talvez isto não deveria estar aqui? Talvez esta não seja a marca certa?

Todas as pessoas que trabalham no show são tão comprometidas e isso é maravilhoso; parte do que o torna um sucesso. Quando filmamos a cena de abertura, foi uma festa! Estávamos trabalhando, mas também passamos 18 horas juntos, onde tentamos colocar tudo em dia: as crianças, o que está nas notícias… Falamos sobre tudo.

'And Just Like That...' é renovada para a segunda temporada — Foto: Getty Images
'And Just Like That...' é renovada para a segunda temporada — Foto: Getty Images

9 - O que você acha que este programa tem de tão especial que faz com que não tenha nada parecido em termos de significado cultural?

É a escrita. É também um tipo de mágica. O que estou dizendo é que as coisas vieram juntas na hora certa, da maneira certa, e conseguimos manter isso. Dou muito crédito a Michael Patrick por isso. Somos uma produção muito grande, mas também somos diferentes: um show sobre um monte de mulheres com mais de 40 anos que nunca costumava acontecer. Temos sete personagens principais. Somos incomuns de muitas maneiras e lidamos com tópicos culturais importantes. Portanto, temos que continuar a provar a nós mesmos, e estamos felizes por ter apoio para continuar fazendo isso.

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