Maria Lina rebate influenciadora após rumores de falta de ajuda ao Rio Grande do Sul: "Você não me conhece"

Nesta sexta-feira (14.06), Maria Lina usou as redes sociais e se posicionou sobre os rumores. "Bom dia. Ellen, tentei conversar com você três da manhã, antes disso ir para os sites de fofoca. E eu juro que não ouvi o meu nome nas conversas, achei até que vocês tinham falando de mim em outro vídeo. Pensei que fosse ser qualquer coisa, sem ser sobre mim. Hoje de manhã eu tive essa confirmação, e como você não respondeu, vim aqui falar sobre o assunto", começou a influenciadora.

"Pelo jeito, você não me conhece e não me acompanha. Eu também não te conheço e não te acompanho. Não sei o que você está fazendo pelo Rio Grande do Sul e você também não sabe o que eu fiz. Eu tenho três anos de internet, sou super nova nesse ambiente e vivo no meu canto, quietinha. Eu não tenho um cancelamento no meu nome, a minha imagem sempre foi tranquila, nunca tive nada de grande me envolvendo, graças a Deus. As pessoas sempre me respeitaram e gostaram de mim. Por isso, não tem motivo plausível, justificativa, para eu sair da minha casa, ficar tantos dias dormindo no chão de uma pizzaria desativada, passando frio, vendo tanta coisa traumatizante, passar o dia das mães lá, que é uma data super delicada para mim, só pela minha imagem", começou a influenciadora.

"Ellen, eu também vi muitas coisas lá. Vi a postura de muitas pessoas que eu não concordei. Escutei muitas coisas, de pessoas bem grandes e influentes, que eu não gostei de escutar e que me deixaram indignada, enojada, e que eu achei que realmente tinham ido por ego. Mas sabe por que eu não falei nada? Um, eu não queria transformar aquele momento sobre mim. Dois, eu estava lá para ajudar e eles também. Então, independente de qualquer coisa, a galera ajudou muito. Que briga de ego positiva, se fosse por isso. Mas eu também escutei muitas coisas e que as pessoas também se indignariam se eu falasse, mas eu não transformei isso sobre algo sobre mim", continuou.

Em seguida, a influenciadora explicou o motivo pelo qual não conseguiu ajudar nos pedidos de doações da voluntária em questão. "Coloquei aqui duas listas. A primeira provavelmente é a do vídeo que repercutiu. Deixa eu explicar uma coisa pra vocês: quando eu chegava nos lugares, eu ficava onde me cabia. Eu só fiquei dois dias dentro da água, no resto dos dias eu ficava nos abrigos, distribuindo mantimentos e ajudando as famílias. A gente não é socorrista, não tinha como a gente ficar na água, por exemplo. Nós íamos até as casas que ligavam para a gente pedindo ajuda e fazia uma lista no celular e dizia que iria tentar ir atrás do que estavam precisando. Mas nem sempre dava certo, por exemplo, nesse caso, eu não consegui, mas nessa segunda lista, em que mostra os medicamentos controlados que as pessoas precisavam, a gente conseguiu entregar tudo", disse ela, que ainda alertou para os impactos que os ataques nas redes sociais podem ter na vida das pessoas.

"No vídeo, dá para ver que uma pessoa diz: a Maria fez isso? Vou acabar com ela. Esse é o poder da internet, Ellen. Não sei se você conhece, você deve ter uma trajetória maior do que a minha, mas eu entendo o poder que a internet tem de acabar com a vida das pessoas. É isso que eu estou lendo desde ontem. Eu respeito a sua indignação, porque eu também estava aí e fiquei indignada e brava com muita coisa. Você deve ter escutado coisas sobre mim, algumas são verdade, como a lista, que eu realmente não consegui entregar. É muita maldade e me dá muita tristeza que pensem que eu prometi e só fui embora, sem deixar explicações. E peço desculpas para as pessoas que eu frustrei"

"Não fizemos tudo o que a gente queria, mas fizemos muitas coisas. E eu nunca quis nenhum tipo de reconhecimento por isso, mas esse momento me obriga a ter que comentar sobre isso. Fale também com a mãe do João, menino de 20 anos cadeirante, que estava usando uma cadeira toda enferrujada porque a nova, que ela pagou uma parcela só, ficou debaixo d'água. A gente foi lá, comprou uma cadeira nova, 1 hora para ir e 1 hora para voltar. Fala também com o menino que eu prometi um lego e cumpri. Fala com as pessoas dos abrigos. A Brenda, por exemplo, da Cruz Vermelha, me ensinou a furar o dedo da galera para medir glicemia no sangue, me ensinou a ver dentro dos olhos para ver se estavam amarelos, a medir temperatura, pressão etc. para conseguir cuidar das pessoas. Passamos por mais de dez abrigos, levávamos mantimentos, remédios, cuidávamos das pessoas", disse ela, que se emocionou durante o desabafo.

"O justo não se justifica, mas na internet ele tem que falar de qualquer forma. Agradeçam ao Whindersson, Kéfera, Flay, Harisson Nunes e muitos outros. Não cabe a mim e nem a você diminuir a ajuda de ninguém só porque julgamos menos importante. E parabéns também pelo seu trabalho, sei que é exaustivo e nós ficamos muito mexidas", finalizou.