Celebridades
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Claudia Leitte abriu o coração sobre um episódio delicado que viveu após o nascimento da terceira filha, Bela, de 4 anos. A cantora revelou que foi diagnosticada com Baby Blues, condição temporária que surge logo após o parto, caracterizada por sentimentos de tristeza, irritabilidade, choro fácil e alterações de humor, e desabafou sobre como foi passar pelo momento difícil.

"Eu fiquei mais apavorada ainda no terceiro filho. Fui diagnosticada com baby blues. Meu pós parto foi horrível, eu nunca tinha ouvido falar. E eu tinha uma cobrança muito grande dentro de mim: o que está acontecendo comigo? Será que eu não amo? Que não sou boa o suficiente? Eu nunca senti uma dor tão grande na minha vida, eu achei que eu não iria mais sair de lá. As pessoas a minha volta me diziam que eu tinha que ser grata, que eu estava em um dos momentos mais mágicos e poéticos da minha vida", conta a cantora, em entrevista ao podcast Mil e Uma Tretas.

A artista revelou que chegou a ter alucinações e que sentia muito medo de fazer mal para os filhos. "Os sintomas são muito parecidos com a depressão pós parto, mas eu cheguei a alucinar. Eu tinha pesadelos que eram muito reais, parecia um filme de terror. Eu acordava às vezes no meio da noite porque eu via Bela cheia de bicho. Me ajoelhava na cama e orava para tirar aquilo de mim, porque é uma visão turva da realidade. Foram dois meses assim, mas pareceu uma eternidade, consigo descrever o que acontecia lá, foi muito intenso", relembra ela. "Eu queria cuidar dos meus filhos e achava que só eu podia fazer isso. Era uma coisa animal mesmo, não bonita. Eu não deixava ninguém tocar neles", complementa.

Claudia, então, contou que buscou ajuda profissional e que melhorou ao iniciar os tratamentos. "Eu busquei ajuda profissional. Os médicos são essenciais. Mas eu sempre falo que os meus três filhos me salvaram. "Davi, quando eu tive, ele me salvou de me tornar uma despirocada. Estava no ápice, tinha acabado de sair em carreira solo e ele me salvou disso, já que a chance de dar ruim era muito grande. Muito menina, ingênua, bobinha", conta. "Rafa me salvou de novo, porque foi por meio dele que eu comecei a buscar mais a minha espiritualidade. Já Bela me fez cuidar da saúde mental, tanto para o meu próprio bem, quanto para o bem deles. Eu queria me conhecer mais, saber quem eu era, mas para servir os meus filhos. Queria estar lá para eles verdadeiramente, não porque eu me sentia obrigada. Depois do tratamento com os médicos, mudei da água para o vinho", finalizou.

Veja a entrevista na íntegra:

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