Saúde
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Por Redação Glamour

O uso prolongado de telas por mais de três horas diárias, especialmente quando mantida uma distância reduzida entre o dispositivo eletrônico e os olhos, eleva os riscos para a saúde da coluna dos jovens, intensificando as chances de experimentar dores na região. A pesquisa foi conduzida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e publicada na revista científica Healthcare. Neste estudo, mais de 1.600 estudantes de ambos os gêneros, na faixa etária de 14 a 18 anos, foram avaliados.

Os entrevistados relataram ter sentido dores em alguma região da coluna nos últimos 12 meses. Ademais, forneceram informações sobre a postura adotada durante o uso de dispositivos como celulares e tablets, que foram avaliadas como inadequadas e prejudiciais à saúde por profissionais da área médica. Em relação ao período prolongado de exposição às telas, segundo diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), o tempo máximo recomendado é de 2 horas por dia.

"Os adolescentes carregam o celular para todos os lugares e utilizam os dispositivos eletrônicos em variados ambientes, o que aumenta a probabilidade de adotarem uma postura inadequada, seja deitando-se de barriga para baixo ou relaxando excessivamente no sofá. Com isso, os riscos para a saúde da coluna se tornam amplificados", esclarece o neurocirurgião e especialista em coluna, Rodolfo Carneiro.

O médico destaca que, quando as telas dos dispositivos eletrônicos são posicionadas abaixo da linha de visão, ocorre uma sobrecarga nas costas. Isso gera desconforto inicialmente e, com o tempo, compromete a mobilidade e sobrecarrega músculos adjacentes, fazendo com que a dor na coluna se torne um aspecto rotineiro na vida desses adolescentes.

"Em decorrência disso, a dor na coluna começa a se intensificar durante atividades corriqueiras do dia a dia, como voltar da escola ou do cursinho sentindo desconforto, ou encontrar dificuldades em praticar esportes e outras atividades físicas que antes eram realizadas sem empecilhos. Quando esses sintomas surgem, a busca por orientação profissional torna-se imperativa para um tratamento adequado", frisa o Rodolfo.

Segundo o neurocirurgião, é crucial realizar uma avaliação minuciosa para determinar o tipo de dor experimentada. Ele esclarece que existem diferentes categorias, como a Cervicalgia, que afeta a região próxima ao pescoço; a Lombalgia, relacionada à parte inferior da coluna acima das nádegas; e a Dorsalgia, que se manifesta na região média das costas.

"Ainda que a avaliação seja crucial para compreender a condição do paciente, existem medidas preventivas que podem ser adotadas para minimizar o desenvolvimento de dores na coluna. Recomenda-se levantar-se a cada 60 minutos para movimentar-se e prestar maior atenção à ergonomia, como ajustar o dispositivo à altura dos olhos, manter as costas bem apoiadas na cadeira e o quadril em um ângulo de 90 graus, além de incorporar a prática de atividades físicas de forma regular", recomenda Rodolfo.

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