Saúde
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Por Gabriela Bonomi (@gabriela.bonomi)


O que você sabe sobre câncer no pulmão? Talvez que o tabaco é uma das principais causas – e que ele está presente em cigarros, charutos, cachimbos, narguilé e também nos cigarros eletrônicos. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil soma mais 30 mil novos casos de tumores pulmonares ao ano. O mau hábito de fumar aumenta as chances de desenvolver ao menos outros 13 tipos de câncer: boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, intestino, rim, bexiga, colo de útero, ovário e alguns tipos de leucemia.

O tabagismo está na origem de 90% de todos os casos de câncer de pulmão, como no da apresentadora do Mais Você, Ana Maria Braga. Entre os 10% restantes, um terço é presente nos chamados fumantes passivos - responsáveis por ampliar em cerca de 20 vezes o risco de surgimento da doença.

Apesar das intensas campanhas de conscientização, Brasil registrou em 2019  mais de 30 mil novos da doença (Foto: Getty Images ) — Foto: Glamour
Apesar das intensas campanhas de conscientização, Brasil registrou em 2019 mais de 30 mil novos da doença (Foto: Getty Images ) — Foto: Glamour

A oncologista Dra. Mariana Laloni, do Grupo Oncoclínicas, diz que a maioria dos pacientes com câncer de pulmão apresenta sintomas relacionados ao próprio aparelho respiratório, tais como: tosse, falta de ar e dor no peito. Outros sintomas inespecíficos também podem surgir, entre eles perda de peso e fraqueza. Em poucos casos, cerca de 15%, o tumor é diagnosticado por acaso, quando o paciente realiza exames por outros motivos. Por isso, a atenção aos primeiros sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico precoce da doença.

Tipos de câncer de pulmão

Segundo a médica, existem dois tipos principais de câncer de pulmão: carcinoma de pequenas células e de não pequenas células. “O carcinoma de não pequenas células corresponde a 85% dos casos e se subdivide em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos doentes”, destaca.

Apesar destes dados não serem novidade, o país ainda registra um elevado número de casos de neoplasias malignas entre a população fumante. (Foto: Getty Images ) — Foto: Glamour
Apesar destes dados não serem novidade, o país ainda registra um elevado número de casos de neoplasias malignas entre a população fumante. (Foto: Getty Images ) — Foto: Glamour

Tratamento

O tratamento do câncer de pulmão se baseia em cirurgia, tratamento sistêmico (quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia) e radioterapia. Sempre que possível, a cirurgia é realizada na tentativa de se retirar uma parte do pulmão acometido. Atualmente, os procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, por vídeo (CTVA) são cada vez mais realizados com menor tempo de internação e retorno mais rápido do paciente às suas atividades. A indicação da cirurgia depende principalmente do estadiamento, tipo, do tamanho e da localização do tumor, além do estado geral do paciente.

E se eu parar de fumar?


Ao contrário do que muitos usuários de cigarros, charutos, cachimbos, narguilé e também nos cigarros eletrônicos acreditam, nunca é tarde demais para parar. Segundo a médica, os benefícios à saúde começam apenas 20 minutos após interromper o vício: a pressão arterial volta ao normal e a frequência do pulso cai aos níveis adequados, assim como a temperatura das mãos e dos pés são normalizadas. Atenta:

1. Em oito horas, os níveis de monóxido de carbono no sangue ficam regulados e o de oxigênio aumenta;

2. Passadas 24 horas, o risco de se ter um acidente cardíaco relacionado ao fumo diminui;

3. Após apenas 48 horas, as terminações nervosas começam a se recuperar de novo e os sentidos de olfato e paladar melhoram;

4. De duas semanas a três meses, a circulação sanguínea melhora consideravelmente. Caminhar torna-se mais fácil e a função pulmonar melhora em até 30%;

5. A partir de um a nove meses, os sintomas comuns em fumantes, como tosse, rouquidão, e falta de ar ficam mais tênues, limpando os pulmões. A pessoa também fica mais disposta para realizar atividades físicas;

6. Em cinco anos, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão de uma pessoa que fumou um maço de cigarros por dia diminui em pelo menos 50%;

7. Quinze anos após parar de fumar, torna-se possível assegurar que os riscos de desenvolver câncer de pulmão se tornam praticamente iguais aos de uma pessoa que nunca fumou.

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