Pele
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Por Isabella Marinelli (@isabellamarinelli)

Sensação de desconforto na pele e até outros sintomas físicos, como febre, podem surgir depois de um longo tempo de exposição solar. Quem nunca? Para listar as diferenças entre queimadura de sol e insolação e apontar as melhores condutas para cada, caso conversamos com a dermatologista Luciana Garbelini, de São Paulo. Pega o filtro solar e chega mais!

Como diferenciar vermelhidão da insolação?

"A vermelhidão é algo mais superficial. Incomoda em um primeiro momento, mas com o tempo e alguns cuidados a sensação vai sendo amenizada. Já a insolação é algo grave e que deve ter acompanhamento médico imediato. Além da pele vermelha, essa condição afeta outras funções corporais, ou seja, pode levar a febre, delírios ou alteração de consciência, dor de cabeça, mal estar, vômito, desidratação, entre outros quadros importantes", afirma Luciana.

O que fazer para reduzir a vermelhidão e a sensação de ardor da pele queimada de sol?

Segundo a médica, é necessário cessar imediatamente a exposição solar, assim que se perceber a mudança na coloração da pele. "Uma vez que a derme foi queimada, precisa se recuperar. Assim, seguir se expondo ao sol com a pele estando frágil só pode piorar a situação de agressão em que esta já se encontra", diz.

Para recuperá-la, produtos com ação pós-sol, principalmente os que têm ativos calmantes, são úteis para trazer alívio momentâneo. "Outro item interessante é a água termal, além de ser hidratante pode ser usada sem contato, evitando o desconforto da aplicação. E também consegue ficar gelada, gerando ainda mais alívio para uma região de concentração de calor. Porém, o fundamental é hidratação, seja da forma for", indica.

Cremes mais densos e manteigas são recomendados, porque a camada grossa de produto cria um filme e faz com que ele permaneça por mais tempo em contato com a pele.

É possível evitar que a pele descame?

Não é possível evitar, mas é possível fazer com que ela descame menos. "A hidratação tópica é a única alternativa, não tem como fugir dela", argumenta Luciana.

Como podemos proteger regiões sensíveis, como o couro cabeludo?

É importante aplicar o protetor solar corporal nas áreas expostas. Há ainda a possibilidade de associação com protetores capilares também. "Indico ainda a proteção física, como bonés e chapéus, que protegem a cabeça como um todo. Além disso, é possível buscar nesses acessórios aqueles que são feitos de um tecido especial com proteção FPS na composição", recomenda.

Existe FPS correto para se usar na praia? Qual é a quantidade de protetor a ser usada e como deve ser a reaplicação?

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o Fator de Proteção Solar (FPS) mais indicado para a população brasileira é de 30, no mínimo. Assim, quanto maior o fator de proteção mais denso é o protetor, aliando a proteção química à barreira física. "Já com relação ao uso, é importante que seja abundante. A dica é aplicar como se fosse um hidratante em uma pele que está bem ressecada e precisa que todas as regiões sejam cobertas de forma homogêneao. Na reaplicação, também é interessante enxaguar com água doce para tirar o sal e, em seguida, se secar", ensina. Assim a absorção será mais eficaz, assim como a espalhabilidade.

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