Corpo
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Sempre que ouvia falar sobre pessoas que faziam trilhas por hobby ficava me perguntando "como é possível gostar tanto de explorar a natureza e ainda fazer esforço físico para encarar horas andando?". A esta altura, você já deve ter percebido que eu não sou a maior fã de ginástica e muito embora adore curtir ao ar livre, sou do time que considera o shopping aos finais de semana o melhor passeio possível. Por que, então, decidi andar 7km para subir a descer a Pedra da Balança, uma atração que fica na divisa do município de São Bento do Sapucaí-SP e Gonçalves- MG?

A verdade é que a chegada dos meus 25 anos fizeram com que encarasse as oportunidades sob uma nova ótica. Não escrevi nenhuma meta concreta na agenda ou tinha desejos específicos para 2024, mas, subconscientemente, prometi a mim mesma que aproveitaria esse período da minha vida para me desafiar, experimentar coisas novas e abraçar as possibilidades que o meu trabalho me proporciona. Não pensei duas vezes, então, quando o convite da Decathlon chegou no meu e-mail e lá fui eu, às 4h30 da manhã de um domingo, viajar por mais de três horas para viver o desconhecido.

Chegamos em São Bento do Sapucaí, interior de São Paulo, bem mais tarde do que o planejado, mas nada tirava a minha empolgação para fazer a minha primeira trilha. Grande parte do entusiasmo devia ao fato de que a condutora da nossa experiência era Aretha Duarte, a primeira mulher negra latino-americana a chegar o topo do Everest. Todos os participantes devidamente apresentados, hidratados e equipados com tênis próprio, roupa adequada e bastão na mão, começamos a aventura. Aqui, te conto cinco lições de vida - e sobre mim mesma - que aprendi durante a subida.

Carolina Merino, produtora de conteúdo da Glamour Brasil em sua primeira trilha. Look: Quechua, disponível na Decathlon — Foto: Arquivo Pessoal
Carolina Merino, produtora de conteúdo da Glamour Brasil em sua primeira trilha. Look: Quechua, disponível na Decathlon — Foto: Arquivo Pessoal

1. Dê um passo de cada vez
Antes mesmo de sairmos rumo à Pedra da Balança, Aretha já tinha nos ensinado que podíamos ir no nosso próprio ritmo, mas é claro que eu gostaria de acompanhar os outros colegas que participavam da trilha. Poucos metros mais à frente, entendi rapidamente que deveria focar em mim, no meu corpo e na minha performance. Quase no topo, sentia dores, falta de ar, calor e muita sede, mas incentivada por Aretha, segui dando um passinho de cada vez, no meu ritmo.

2. Chegar por último também é chegar lá
Cheguei ao final da trilha, por último. Todos já estavam lá por mais de 10 ou 15 minutos, era difícil distinguir ao certo. Mais uma vez, fiquei me comparando com os participantes - muitos deles com uma vasta experiência, enquanto eu, não vou sequer uma vez por semana à academia. Definitivamente, não foi fácil subir os 3,5km com um solo cheio de desnível e um sol do meio dia na cabeça, mas consegui cumprir o meu propósito ali, assim como todos os outros. Chegar por último também é chegar lá!

3. Nosso corpo é uma máquina e o cérebro é o condutor
Escutei esta frase de Aretha quando estávamos em uma subida muito desafiadora. Eu queria muito chegar à Pedra, muito mesmo, mas meu corpo parecia não obedecer os meus comandos. Faltando apenas 5 minutos para o tão aguardado topo, senti uma falta de ar intensa, achei que fosse desmaiar a qualquer instante. Alguns goles de água e uma maçã depois, segui dando meus pequenos passos, repetindo a mim mesma que conseguiria, faltava muito pouco. Com a ajuda da montanhista respeitei o meu tempo e o meu corpo, e superei os meus limites.

Carolina Merino, produtora de conteúdo da Glamour Brasil em sua primeira trilha. Look: Quechua, disponível na Decathlon — Foto: Arquivo Pessoal
Carolina Merino, produtora de conteúdo da Glamour Brasil em sua primeira trilha. Look: Quechua, disponível na Decathlon — Foto: Arquivo Pessoal

4. Desafie os seus limites
Esta foi definitivamente uma das experiências mais transformadoras da minha vida. Entendi que preciso nutrir mais o meu corpo, tive muita vontade de seguir experimentando outras trilhas, outros desafios. Cheguei a repetir algumas vezes que "não aguentava mais", mas estava bem para continuar subindo. Às vezes, nosso corpo só precisa de um empurrãozinho para irmos além e com certeza consigo olhar desta maneira para outras áreas da minha vida depois dessa trilha.

5. Celebre as conquistas
Com a correria do nosso dia a dia, nos esquecemos de celebrar as nossas conquistas. Quando voltei para a casa, já conseguia sentir os efeitos da montanha, lembranças no meu corpo do que havia vivido. Mas também chorei de emoção ao relembrar o quanto fui capaz e superei meus desafios. Confesso que não vejo a hora de viver isso novamente, com a certeza de que nada será como antes e a ansiedade do que ainda está por vir e de onde meu corpo pode me levar.

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