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Por Rebeca Letieri, para o EU Atleta — Rio de Janeiro


Como baixar pressão alta emocional é uma necessidade de muita gente que, no dia a dia, sofre de episódios de hipertensão causados por situações de estresse, raiva, intensa emoção, preocupação, nervosismo ou ansiedade. Para tratar o problema, segundo especialistas, é necessário dar atenção à saúde mental e resolver os gatilhos que, em cada situação ou de maneira sistêmica, estão causando a elevação da pressão arterial.

Pressão alta emocional é causada por situações de estresse, raiva, intensa emoção, preocupação, nervosismo ou ansiedade — Foto: Istock Getty Images

Como baixar pressão alta emocional

De acordo com a cardiologista Ludmilla Vieitas, em situações de estresse emocional, pode haver uma descarga adrenérgica, com ativação do sistema nervoso simpático, o que pode desencadear elevação da pressão até em quem não possui hipertensão crônica.

Nessas situações pode ser necessário o uso de ansiolíticos para controle dos sintomas de ansiedade. Todavia, muitas vezes, ao resolver o gatilho que possa ter desencadeado a situação de estresse, a pressão arterial tende a ser normalizada – explica a especialista.

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Sintomas da pressão alta emocional

A pressão alta emocional pode surgir após momentos de emoções muito fortes que ativam o sistema simpático. De acordo com a psiquiatra Mariana Barros, essa ativação prepara o corpo para poder reagir a situações de emergência e muito estresse. São liberados principalmente adrenalina e cortisol, que promovem aumento dos batimentos cardíacos, da pressão arterial e da frequência respiratória.

Confira possíveis sintomas:

  • Dor de cabeça;
  • Zumbido no ouvido;
  • Fraqueza;
  • Dificuldade em dormir;
  • Dificuldade para respirar;
  • Dor no peito;
  • Suor excessivo;
  • Redução da energia;
  • Prejuízo ao sono;
  • Irritação;
  • Falha na memória.

Causas da pressão alta emocional

Segundo o cardiologista Fernando Lamego, as causas da pressão alta emocional, para além das questões psicológicas de momento, podem ser genéticas ou relacionadas a estilo de vida pouco saudável, histórico de traumas emocionais, condições estressantes no trabalho ou emoções não resolvidas.

Daí a importância de se alimentar de maneira saudável, fazer exercícios físicos regularmente, ter momentos de lazer para desestressar e procurar atendimento psicológico e/ou psiquiátrico sempre que necessário.

Como evitar pressão alta emocional

Para evitar a elevação da pressão alta por questões emocionais, os especialistas mencionam estudos que recomendam atividade física, alimentação saudável, técnicas de respiração e sono de qualidade, além de evitar o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas e diminuir uso de bebidas estimulantes (café, chá preto e energéticos).

Além disso, é importante tentar evitar ao máximo as situações de estresse ou que mexam negativamente com as emoções e incluir na rotina atividades de lazer e que sejam prazerosas, de modo a aliviar a mente. O estilo de vida também tem tudo a ver com a saúde mental.

– A longo prazo, quem mantém os níveis pressóricos mais elevados associados a estresse e ansiedade pode vir a desenvolver hipertensão arterial sistêmica crônica, pois o organismo vai se readaptando e sofre os mesmos mecanismos do paciente que vai envelhecendo ou do paciente que é exposto ao consumo excessivo de sal, do sedentário, do tabagista ou do obeso – pontua o cardiologista.

Por isso, em caso de recorrência nos episódios de pressão alta, é necessário procurar ajuda de especialista, que, após avaliação, pode considerar o uso de antidepressivos para maior controle da desregulação emocional, a fim de que esses episódios não voltem a acontecer ou que ocorram em intensidade menor.

– Os riscos associados à hipertensão emocional incluem danos aos órgãos vitais como coração, cérebro, rins e olhos, aumentando o risco de acidente vascular encefálico (AVE), doenças cardíacas e outros problemas de saúde. O tratamento concentra-se principalmente em lidar com as causas subjacentes e fazer alterações no estilo de vida – finaliza o especialista.

Fontes:

Mariana Barros é médica psiquiatra do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/São Paulo. Atua com ênfase na visão do paciente como um todo, levando em conta atividade física, intervenções baseadas na Terapia Cognitiva Comportamental e nutrição para, junto com o paciente, alcançar o bem-estar.

Fernando Lamego é médico atuante em Cardiologia e Ortomolecular do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/Niterói. Graduado na Faculdade de Medicina de Teresópolis, é pós-graduado em Cardiologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e Ortomolecular pelo Instituto Hélion Póvoa. Prescritor de Cannabis Medicinal e foco na modulação da microbiota intestinal. Oficial médico do Corpo de Bombeiros e coordenador do Médicos pela Vida.

Ludmilla Vieitas é especialista em Cardiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professora na Universidade do Grande Rio (Unigranrio).

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