News
Publicidade

Por Mariana Nogueira


Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas) — Foto: Glamour
Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas) — Foto: Glamour

A Nike reuniu sete grandes mulheres para celebrar a nova coleção marca, que comemora os 35 anos do Air Force 1, tênis icônico da label esportiva. Com o mote "Force is Female", a linha Nocturne chega às lojas nesta sexta-feira (27).

A coleção traz a releitura do AF1 — em especial um modelo roxo escuro, com elementos envernizados, que brilham intensamente. A linha completa, que ainda traz um novo modelo do modelo Cortez, poderá ser encontrada no site da marca.

Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas) — Foto: Glamour
Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas) — Foto: Glamour

Para marcar esse momento, a marca convidou Mel Duarte, poeta, Tássia Reis, cantora, Marina Santa Helena, consultora de moda, Lellêzinha, dançarina e atriz e as meninas do coletivo de basquete Magic Minas. Todas elas se reuniram em um shooting empoderado, que aconteceu em uma fábrica abandonada em São Paulo, fotografado por outra mulher, Ju Colinas.

Cada uma dessas potências representou uma arte. Mel encarnou a poesia, Tássia a música, Lellêzinha a dança, Marina a moda e as meninas do Magic Minas o esporte. Conheça essas potências:

Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas) — Foto: Glamour
Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas) — Foto: Glamour

Mel Duarte
A poeta é exceção da regra na realidade brasileira: vive e respira poesia, vinte e quatro horas por dia. Nascida nos extremos da cidade de São Paulo, é também uma das expoentes do Poetry Slam no Brasil — campeonato de poesia onde, normalmente, os participantes têm até três minutos para apresentar uma performance.

Como mulher, Mel entende o feminismo como fio condutor de sua arte e, consequentemente, o empoderamento como forma de costurar essa narrativa combativa. "Todo mundo tem o seu poder. A questão é como podemos descobrir, entender qual a nossa potência dentro disso. Para mim, empoderamento é amplificar potências. É sobre ter total poder sobre a minha fala — o que eu quiser falar, como eu quiser falar".

Tássia Reis
Tássia é um nome grego, que significa corajoso e audaz — palavras que vestem com maestria a narrativa de vida da cantora Tássia Reis. Leonina, superempoderada e determinada, a paulista escreve bem, tem uma potência vocal forte, mas ao mesmo tempo sutil, e é também estilista e modelo. Resumindo: ela veio para tombar com tudo.

Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas) — Foto: Glamour
Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas) — Foto: Glamour


Tássia tem repertório, Tássia tem vida. Tássia se posiciona. "Eu sou uma feminista negra interseccional e acredito que as opressões de classe social, gênero e raça andam juntas. Uma mulher branca sofre machismo, claro. Mas uma mulher negra, pobre, trans vai sofrer muito mais. Não tem como acabar uma coisa e deixar outra", explica.

Lellêzinha
Ela é cheia de atitude e dança como ninguém: a carioca Alessandra Aires Landin, mais conhecida como Lellêzinha, com apenas 20 anos, se tornou um exemplo para as meninas mais jovens. Ela é uma das vocalistas da banda Dream Team do Passinho, que une o funk e a dança passinho, já atuou em novelas da Globo, como Malhação, além de ter dividido o palco com, ninguém menos, do que Alicia Keys no Rock in Rio deste ano.

Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas) — Foto: Glamour
Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas) — Foto: Glamour


Lellêzinha foi a primeira menina a dançar oficialmente o passinho nas competições no Rio de Janeiro, lembrando que o funk tem em sua maioria personagens homens. A carioca pensa que o maior feminismo é ser quem você é. "Tenho o exemplo mais incrível do mundo dentro de casa: minha avó Maria. Ela é uma mulher negra, divorciada, pastora evangélica. Você pode imaginar o que ela passou e o que ela ainda passa", conta.

"Vejo o feminismo através da minha avó desde pequena. Apenas seja!" - Lellêzinha

Marina Santa Helena
Marina é apresentadora, consultora de moda, superinteligente e de uma calma que causa inveja. A paraense de 33 anos respira moda desde sua infância e acredita que o universo fashion tem muito mais a ver com estilo e personalidade do que com a moda em si.

Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas) — Foto: Glamour
Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas) — Foto: Glamour

Para Marina, empoderamento é, basicamente, não achar querer ser outra pessoa para se sentir bem; é não mirar nos outros. "Há muito tempo somos bombardeadas com informações para nos sentirmos inseguras o tempo inteiro. O capitalismo é isso... Compre. Por que? Porque você precisa. Porque você está acima do peso. O tempo todo são mensagens dizendo que você não é boa o suficiente", conta.

Durante a conversa com a Glamour, Marina relembrou um shooting que participou para uma revista lá em 2009. "A maioria dos comentários negativos das fotos vinham de mulheres. Isso me abriu os olhos para a competição feminina, sabe? Fomos educadas desde sempre a competir e não explorar nosso potencial. Porque estamos brigando? Deveríamos nos unir", finaliza.

"Eu queria ser a Xuxa.Tinha vergonha de não ser loira, ter a pele branca e os olhos claros" - Marina Santa Helena

E quando perguntada sobre autoconfiança, Marina relembra que durante a infância se sentia estranha diante dos padrões.

Magic Minas
Paula é consultora em Esporte e Desenvolvimento Humano. Elizangela é jornalista. Priscila é educadora. O que elas têm em comum? Todas fazem parte de um time de basquete amador, o Magic Minas, que reúne mulheres na cidade de São Paulo apaixonadas pelo basquete, que não tinham oportunidade de jogar porque não conheciam outras que também jogassem, ou porque não tinham espaços disponíveis.

Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas) — Foto: Glamour
Nike reúne 7 mulheres para celebrar a força feminina em nova coleção (Foto: Ju Colinas) — Foto: Glamour

As participantes têm entre 20 a 45 anos e muitas delas não jogavam basquete desde a infância. Para Paula, o coletivo é uma forma de se empoderar através do esporte. "Para mim, o esporte é uma experiência de autodescoberta, onde testo minhas capacidades e descubro que posso sempre ir além. O que a gente aprende no esporte fica tatuado no corpo", finaliza.

Para Priscila, o esporte ganhou um função maior em sua vida: a de construir sua identidade. "Durante toda a minha vida tive que mostrar que, mesmo sendo mulher e negra, sou capaz. O esporte me ajudou muito a reconhecer esse potencial de lutar pelo o que é meu".

Curte o conteúdo da Glamour? Ele está no nosso app e agora também no Globo Mais, o app que é muito mais do que uma banca. Nele você tem acesso a um conteúdo exclusivo em tempo real e às edições das melhores publicações do Brasil. Cadastre-se agora e experimente 30 dias grátis.

Mais recente Próxima Você vai querer todas as peças da coleção da Hello Kitty para a Asos
Mais de Glamour