Carreira & Dinheiro
Publicidade

Por Manuela Almeida


Depois de ser transferida pro Japão por conta do emprego em marketing, Shoshanna, da série "Girls",  é demitida no país estrangeiro. Luz no fim do túnel: retorna a NY e lança um projeto de reconstrução de imagem da cafeteria do amigo e ex-namorado Ray <3. Não precisa nem dizer que fez o maior sucesso! (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
Depois de ser transferida pro Japão por conta do emprego em marketing, Shoshanna, da série "Girls", é demitida no país estrangeiro. Luz no fim do túnel: retorna a NY e lança um projeto de reconstrução de imagem da cafeteria do amigo e ex-namorado Ray <3. Não precisa nem dizer que fez o maior sucesso! (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour

Foi demitido? Calma, assim como o professor dizia no colégio “essa prova não te define”, esse emprego também não te define. Virar a página é sempre uma opção! Pra "sair da fossa" e dar a volta por cima, seguem dicas preciosas da expert em carreira Andrea Deis, pedagoga, gestora empresarial pela FGV e Master Coach.

Ah, e você não está sozinho, viu? 90 mil jovens perderam o emprego em fevereiro de 2016, sendo 45 mil deles na região metropolitana de São Paulo. Os dados são do IBGE, publicados em março desse ano. De janeiro pra fevereiro, a taxa de desemprego subiu de 6,5% pra 7,1% entre funcionários de 24 a 49 anos.

Quando perdemos o emprego por um motivo não tão óbvio (como roubo ou uma atitude inconsequente), geralmente é porque falhamos em perceber os sinais da empresa de que precisávamos mudar pra seguir no cargo. Pra Andrea, o que importa é não ficar preso ao a que aconteceu e, sim, planejar a volta ao mercado. Porém, sabemos que não é tão simples assim...

“A nossa cabeça tenta buscar uma explicação pela demissão: ‘o meu chefe não conseguiu ver as minhas qualidades, o colega da equipe me boicotou, eu era muito bom pra essa posição, alguém fez fofoca, eu era muito caro’. Mas isso não vai te levar a lugar algum”, reflete a expert.
Todavia, será que não faz parte passar por um momento de leve vitimização ou “luto”? “Eu trabalho com a psicologia positiva. Luto, pra mim, pode te levar a depressão. Afinal, você perdeu o trabalho, não o talento”, explica.

Pra expert, o importante é ter foco. Primeiro, se pergunte o que você deseja? Quer um emprego estável com contratação por CLT ou deseja explorar diferentes propostas atuando como freelancer? Isto é, investir o seu principal talento em projetos pra diferentes empresas? Ou então, como terceira opção, reflita: já pensou em abrir o seu próprio negócio com um projeto de empreendedorismo, leia-se: investir em um serviço/área ainda não explorada no mercado? No último caso, Andrea usou como exemplo seis amigas que abriram uma empresa de eventos. “O investimento foi baixo, já que abriram o negócio em grupo. Hoje elas atendem cerimônias diversas, de encontros de firma a festas de 15 anos”, conta.

E aí, já escolheu qual frente deseja atacar? Não importa o plano de ação, faça uma lista de networking – possíveis contatos que vão te ajudar no caminho. Pra isso, é necessário atualizar o currículo no LinkedIn e descobrir quais são os seus concorrentes, ensina Andrea.

Pra quem construiu relacionamentos ao longo da carreira, o processo de networking é mais fácil. Porém, quem disse que somos lá eficientes em criar vínculos com colegas de trabalho? “Existe pesquisa a respeito disso: não sabemos construir relações. Fazemos contatos, mas não relacionamentos. Ou seja, se acontecer de ser demitido, não teremos a liberdade de ligar pro contato e pedir ajuda, já que não foi criado um vínculo verdadeiro”, diz. Segundo Andrea, quase nunca separamos tempo pra conhecer clientes ou amigos de trabalho de forma verdadeira. Entenda-se como: marcar um café, trocar ideias de projetos, ou até sair pra não falar de trabalho e se divertir. Em suma, estabelecer amizades. Não precisa forçar uma barra, claro, mas abre-se pras possibilidades.

Outra coisa, rede social é tudo! Não é que você precisa virar influenciador digital, calma, mas tome cuidado com o que posta. Engana-se quem pensa que as empresas não vasculham os perfis dos funcionários. “Lembro de um empresário que não foi contratado por uma firma porque postava foto no Facebook passeando de lancha em horário útil. Como essa pessoa está sendo produtiva? O chefe que estava interessado em contratá-lo não quis nem marcar entrevista de emprego mais”, conta.

Mais uma dica boa: pra Andrea, mudou o conceito do funcionário exemplar. Não adianta mais ter doutorado, mestrado e falar várias línguas. É ótimo, sim, mas não é o diferencial. Hoje, temos que nos perguntar ‘como eu transformo a informação em resultado?’. “O currículo mudou completamente. No CV dos meus clientes escrevemos o que eles conquistaram pra empresa que trabalharam, não apenas por onde passaram. Ex: bateu a meta de audiência da revista, vendeu todo o estoque de tal coleção, criou uma campanha publicitária que viralizou nas redes, e por aí vai”, explica.

Mais recente Próxima Facebook e Instagram lançam programa que incentiva a mulher a abrir o seu próprio negócio
Mais de Glamour