Amor & Sexo
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Por Redação Glamour


Cena da série "Love", do Netflix (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
Cena da série "Love", do Netflix (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour

1. Do mesmo jeito que o primeiro “eu te amo” vai ser dito numa terça-feira chuvosa, depois que vocês desceram de pijama pra pegar a pizza na portaria, sem você esperar, pode ser que o “acabou” seja dito num domingo de manhã, tão inesperadamente quanto. E não é que a pessoa seja insensível ou cruel. Ela simplesmente não sabe lidar com a situação de outro jeito.


2. Aquele amor de filme existe, tanto o apaixonado, no qual o cara aparece na janela da mocinha com um estéreo sobre a cabeça tocando a música preferida dela, quanto o amor-amor, daqueles incondicionais, quando um dos dois tem Alzheimer, sabe? Mas ele não dura muito. Uma amiga já tinha me dito isso e eu não levei a sério na hora. Mas fazendo umas contas de padaria aqui na minha cabeça, noves fora zero, teve bastante cena de cinema, sim. A duração do relacionamento a seguir? Não foi até o Alzheimer.


3. O que vale não é a cena de cinema, é o relacionamento que se constroi a seguir, quando as luzes do cinema acendem - é o todo dia, o vamos ver, é conversar, alinhar os objetivos e as expectativas. Clichê, eu sei, mas a gente esquece. Porque a gente adora perseguir a sensação de frio na barriga e dizer que a realidade “tem algum problema”.


4. Não é porque vocês gostam dos mesmos filmes que não dá pra entender nada, das mesmas músicas dos anos 90 ou das mesmas séries sem sentido que vocês são capazes de viver pro todo dia, pro vamos ver, pra conversa, pro alinhamento de objetivos e expectativas. E isso não tem nada a ver com gostar, nem com amor, nem com paixão.


5. Gostar, ser apaixonado e amar são três coisas absolutamente diferentes. E com pesos diferentes pra cada pessoa também. O fato de gostar/amar/ser apaixonado em graus diferentes não anula a importância de cada relacionamento - relacionamento não é uma competição pra ver quem se importa mais e não existe balança pro afeto. Mas pesos muito diferentes impactam diretamente no sucesso, podecrer.

6. Um dia, alguém que você mais quer bem em toda a sua vida não vai acreditar em você, mesmo que você esteja dizendo a verdade. E você vai sentir a dor mais forte que já sentiu. Só que você não poderá fazer absolutamente nada a respeito.


7. Um dia, alguém que quer você absurdamente bem vai dizer “eu te amo” e você não vai conseguir responder. Vai doer também.


8. Um dia, pessoas do passado vão reaparecer na sua vida como se nada tivesse acontecido. E não vai dar pra saber se pra elas não aconteceu nada mesmo, se ela tá fingindo, se você é louca, se você sentiu tudo sozinha, se é uma incapacidade mesmo…


9. Do mesmo jeito que afinidades monstruosas não são a prova de que vocês vão ficar juntos no final, amor não garante que um relacionamento dure pra sempre. Tem que botar uns 200 quilos aí de maturidade, jogo de cintura, vontade e, insisto, conversa.


10. Diálogos roteirizados, de filme mesmo (ou de Dawson’s Creek), não existem na vida real. O que é uma pena porque evitariam uma porção de mal-entendidos, como “você quer ter filhos e eu não quero - ou não quero agora / mas eu achei que você não queria nada sério / eu não sabia que você gostava tanto assim de mim”.


11. Racionalmente descobri que já abri mão, sim, de um relacionamento super de futuro, aquele do todo dia, do vamos ver, da conversa e de objetivos e expectativas alinhados, em detrimento de outros com pesos diferentes, só afinidades, pouca conversa. Mas aprendi que não adianta nada saber de tudo isso porque o coração vai lá e sente tudo diferente da cabeça mesmo.


12. Que apesar da vida não ser um filme com um desfecho definido, conversas cheias de palavras e amores cheios de sentimento, ela se parece bastante com algumas séries, com seus finais e recomeços de temporada - lembrando que alguns personagens podem sumir no decorrer da trama e geralmente somos nós quem temos que tomar as rédeas do roteiro e definir o futuro de cada um.


13. Só que a vida não tem script. E invariavelmente vamos amar mais ou amar menos, riscar pessoas sem querer e colocar outras tão contra a vontade quanto. Mas se teve uma coisa que eu aprendi com cada relacionamento que eu tive é que, no fim das contas, é simples. Quando os dois querem, simplesmente é.

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