• Texto Jéssica Zava e Patricia Oyama | Foto Bine Bellmann/StockFood
Atualizado em
Portuguesa, com certeza (Foto: Bine Bellmann/StockFood)

Portuguesa, com certeza (Foto: Bine Bellmann / StockFood)

Na farofa, em doces ou simplesmente cozida, a castanha tipo portuguesa tem sabor de festa de final de ano. Mas cai bem no cardápio em qualquer outra época. Por causa de suas propriedades nutritivas e energéticas, a castanha teve grande importância na alimentação da humanidade. Estudos arqueológicos indicam que ela era consumida há mais de 6.000 anos, especialmente na Europa.

Quando comparada a outras sementes, como amêndoa, castanha-do-pará e avelã, ela tem baixo teor de gordura (a existente é insaturada, em sua maior parte) e alta quantidade de fibras, explica a nutricionista Juliana Pastorelli, do Instituto Central da Faculdade de Medicina da USP. Essas qualidades fazem da castanha uma aliada na diminuição do colesterol e na prevenção de doenças do intestino. Além disso, a presença de vitaminas C e E, entre outras, dá ao ingrediente propriedades antioxidantes, que previnem o envelhecimento celular e também ajudam a defender o organismo de infecções.

Apesar de ser conhecida no Brasil como “portuguesa”, essa castanha de sabor delicado não vem necessariamente de Portugal. O país está entre os principais exportadores e manda sua colheita para cá, mas atualmente quem domina a produção mundial é a China. O Brasil também cultiva a Castanea sp., nome científico desse tipo de castanha. Em São Bento do Sapucaí (SP), a variedade asiática se adaptou bem ao clima da região. “A colheita começa no final de novembro e vai até fim de março, mais ou menos”, diz a produtora local Sônia Motta. De grande porte, a castanheira é uma árvore que pode chegar a 30 metros de altura. Seus frutos, em forma de ouriço, guardam sementes comestíveis, as castanhas, dentro de sua casca cheia de espinhos.

Versátil, o ingrediente pode ser utilizado em doces e salgados. Simone Izumi, sócia-proprietária da confeitaria Divas Chocolates & Chocolatria, sugere uma compota cremosa feita com a semente para comer de colher. “O doce de colher resgata a raiz da confeitaria brasileira, que eu adoro”, diz ela. Pode ser saboreado puro, com torradas ou servido com sorvete e bolacha champanhe. A receita, que Simone ensina ao lado, pode ser guardada na geladeira por até 30 dias, em um recipiente fechado. Mas é bem provável que a compota acabe bem antes disso.

Veja duas receitas com o ingrediente:

1. Compota cremosa de castanha portuguesa

Compota cremosa de castanha portuguesa (Foto: Elisa Correa/Editora Globo)

Compota cremosa de castanha portuguesa (Foto: Elisa Correa / Editora Globo)

2. Terrine de chocolate e crème de marron com castanhas

Do chocolate a gente não abre mão! Dos chefs Luís Fernando Perin e Ricardo Praglioli, terrine de chocolate e crème de marron. Taças LS Selection, colheres Tania Bulhões Home, bandeja Ideia Única (Foto: Cacá Bratke/Editora Globo)

Do chocolate a gente não abre mão! Dos chefs Luís Fernando Perin e Ricardo Praglioli, terrine de chocolate e crème de marron. Taças LS Selection, colheres Tania Bulhões Home, bandeja Ideia Única (Foto: Cacá Bratke / Editora Globo)