Nutrição

Por Gladys Magalhães


Ainda que não seja um alimento tóxico, a polenta não é indicada para os pets — Foto: Unsplash/ Creative Commons
Ainda que não seja um alimento tóxico, a polenta não é indicada para os pets — Foto: Unsplash/ Creative Commons

Frita, pura ou misturada com carne moída, a polenta é um alimento bastante apreciado pelos brasileiros, o que faz com que muitos tutores se perguntem se seus cães também podem apreciá-lo.

De acordo com veterinárias consultadas por Vida de Bicho, ainda que não seja um alimento tóxico aos cães, ele não é indicado, visto que a iguaria é pobre em nutrientes.

“A polenta é preparada a partir do cozimento de água e sêmola de milho — ingrediente muitas vezes produzido com componentes altamente tóxicos para os cães, como é o caso da cebola. Além de ser rico em calorias e pobre em nutrientes fundamentais para o organismo dos pets, o alimento pode causar reações adversas em indivíduos com intolerância”, explica a médica-veterinária Laíssa Santiago, especialista em nutrição animal.

Por que não se deve oferecer polenta aos cães

Ainda segundo a veterinária, a polenta não traz qualquer benefício aos pets, pelo contrário, se ofertada com frequência pode causar de problemas gastrointestinais a mau hálito. As contraindicações estariam relacionados ao fato do alimento ter como base um grão, que é uma das principais fontes de carboidrato.

“O excesso de grãos nas dietas de alguns cães pode estar associada a problemas como má digestão (gases, diarreia), obesidade, diabetes, acúmulo de tártaro, mau hálito e alergias”, elenca Laíssa.

A profissional destaca ainda que grãos de baixa qualidade para os pets, como milho, soja e trigo, costumam apresentar micotoxinas (substâncias tóxicas produzidas por bolores), que podem provocar efeitos agudos (hepatite, doenças renais), crônicos (alergias, imunodeficiências) e até mutagênicos, ocasionar, por exemplo, câncer.

Animais alérgicos podem apresentar alterações dermatológicas e gastrointestinais ao ingerir fubá — Foto: Unsplash/ Laura Adai/ Creative Commons
Animais alérgicos podem apresentar alterações dermatológicas e gastrointestinais ao ingerir fubá — Foto: Unsplash/ Laura Adai/ Creative Commons

Fubá pode ser oferecido ao pet?

Ainda que muita gente recorra ao fubá para alimentar o pet e que o milho seja usado na formulação de rações para cachorros, esse também não é um alimento apropriado para os cães, conforme explica a médica-veterinária Aline Ambrogi Franco Prado, docente do curso de Medicina Veterinária da UniFAJ:

“O fubá é um alimento de custo bem baixo, um carboidrato, que pode ser uma fonte de energia para os animais. Porém, ele é pobre em nutrientes essenciais, como a proteína. Bichos que comem somente fubá podem ter problemas graves de saúde, devido a deficiências nutricionais importantes”.

Na internet, é possível encontrar pessoas que incentivam o uso do alimento na dieta de animais idosos ou debilitados, com o intuito de abrir o apetite do pet. Contudo, as veterinárias desaconselham tal prática.

“O fubá causa rápida saciedade por ser um alimento alto em calorias, mas não deve ser utilizado em animais idosos e debilitados. Além de ser pobre em nutrientes, ele pode causar sobrepeso e obesidade, dependendo da quantidade ingerida”, diz Laíssa.

Aline completa, afirmando que animais alérgicos podem apresentar alterações dermatológicas e gastrointestinais. Segundo a professora, o mercado pet dispõe de alternativas melhores para alimentar animais com falta de apetite.

“É um mito achar que o fubá pode abrir o apetite dos pets. Já temos diversos alimentos comerciais completos e palatáveis para estimular os animais, além de medicações específicas para esse fim”, finaliza Aline.

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