Nutrição

Por Por Bruna Minelvino


O suplemento pode preservar as funções cognitivas e minimizar fatores de risco associados ao dano cerebral natural do envelhecimento canino — Foto: ( pexels/artem-beliaikin/CreativeCommons)
O suplemento pode preservar as funções cognitivas e minimizar fatores de risco associados ao dano cerebral natural do envelhecimento canino — Foto: ( pexels/artem-beliaikin/CreativeCommons)

Velhos conhecidos dos humanos, os ômegas 3 e 6 também podem ser aliados poderosos da saúde de cães e gatos. Hoje, eles são amplamente utilizados na nutrição animal para fornecimento de energia e auxiliar em processos inflamatórios, além de agir para inibir o envelhecimento de todos os tecidos, por sua ação antioxidante.

“Alguns estudos demonstram os efeitos benéficos do uso dos ômegas em diversas condições, como doenças dermatológicas caninas, neoplasias (somente ômega 3), neuropatias e na resposta imune”, conta a médica-veterinária Carol Sant'Änna.

Os ácidos graxos são ácidos monocarboxílicos obtidos a partir de óleos e gorduras, que apresentam importantes funções no organismo. Os das famílias ômega 3 e ômega 6 são considerados essenciais, o que significa que não são sintetizados por cães e gatos e, por isso, devem ser obtidos através da dieta.

“Estudos demonstram ainda que o ômega 3 gera no cérebro uma redução do estresse. Dessa forma, o suplemento pode preservar as funções cognitivas e minimizar fatores de risco associados ao dano cerebral natural do envelhecimento”, conta a médica-veterinária Daniela Branco P. Magalhães, especialista em células tronco e nutróloga.

Segundo Carol, os ômegas são importantes para a formação das membranas celulares, além de atuarem nas respostas imunológica e inflamatória dos pets e servirem de base para a síntese de alguns hormônios.

"Podemos ver excelentes resultados como cardioprotetores, no desenvolvimento neurológico, na estrutura e função da retina, na modulação da resposta inflamatória, na progressão da doença renal, alívio da dor associada a artrites, controle da inflamação cutânea em processos alérgicos e câncer. Eles ajudam também na regulagem da hipertrigliceridemia e diminuição na formação de trombos", explica a profissional.

Existem efeitos benéficos no uso dos ômegas em diversas condições, como doenças dermatológicas caninas, neoplasias, neuropatias e na resposta imune — Foto: ( pexels/gabe/CreativeCommons)
Existem efeitos benéficos no uso dos ômegas em diversas condições, como doenças dermatológicas caninas, neoplasias, neuropatias e na resposta imune — Foto: ( pexels/gabe/CreativeCommons)

Afinal, de onde vem os ômegas?

Muitos acham eles provém somente do peixe, mas os ácidos graxos da família ômega 6 são obtidos de animais terrestres e sementes de plantas, enquanto os do ômega 3 são encontrados em organismos marinhos.

"Sua suplementação proporciona diversos benefícios ao organismo. Além disso, vale destacar que são ácidos graxos essenciais, ou seja, não são produzidos naturalmente pelos animais, sendo necessária sua obtenção a partir dos alimentos", relata a médica-veterinária Julia Prokopenko, da Organnact.

Porém, essa suplementação deve ser utilizada com muito cuidado em pets com distúrbios de coagulação, naqueles que recebem medicamentos anticoagulantes e em animais com diabetes.

Segundo Carol, os ácidos graxos devem ser usados com cautela em cães que tiveram crises anteriores de pancreatite ou diarreia prolongada. "Procure sempre um médico-veterinário para saber se o uso dos ômegas é indicado ou não para o seu pet, principalmente aos que fazem uso de aspirina, varfarina ou heparina", alerta.

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