Aos 30 anos, pet ganha título de cachorro mais velho de todos os tempos

Bobi recebeu o título que estava com o último cão há quase um século — Foto: Guinness World Records/ Divulgação

Pouco tempo depois da consagração de Spike como o cão mais velho do mundo, um novo cachorro entrou na competição e recebeu o título promovido pelo Guinness World Records: Bobi, da raça rafeiro do alentejo, de 30 anos e 267 dias.

O animal não só conquistou a categoria "cão vivo mais velho", como também se tornou o recordista da competição completa, que inclui pets já falecidos. O antigo vencedor se manteve em primeiro lugar por quase um século e morreu aos 29 anos e 5 meses, em 1939.

Segundo informações divulgadas pelo site oficial da competição, a idade de Bobi foi verificada pelo SIAC (Sistema de Informações de Animais de Companhia), um banco de dados autorizado pelo governo português e administrado pelo SNMV (Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários de Portugal).

Bobi fará 31 anos em maio de 2023 — Foto: Guinness World Records/ Reprodução

A história de Bobi fica ainda mais emocionante ao lembrar de seu passado. Em entrevista ao Guinness, Leonel Costa, 38 anos, tutor do cão, conta que seu pai quase matou o pet.

“Infelizmente, nessa época era considerado normal pelas pessoas mais velhas que não podiam ter mais animais em casa […] enterrar os animais numa toca para que não sobrevivessem.”

Por sorte, Bobi se escondeu e conseguiu escapar do mesmo destino de seus irmãos. Leonel, junto das outras crianças da família, descobriu o paradeiro do filhote e o protegeu até que ele se desenvolvesse.

“Sabíamos que quando o cachorro abrisse os olhos, meus pais não iriam mais enterrá-lo. Era de conhecimento popular que esse ato não poderia ou deveria ser feito.”

O segredo da vida longa

Acredite se quiser, o segredo para a longevidade de Bobi é mais simples do que parece. Leonel conta que a vida longe da cidade grande, em um ambiente calmo e tranquilo, ajuda a manter o pet saudável, assim como longos passeios e uma boa relação com outros bichos.

Quanto à alimentação, o cardápio é parecido com o do resto da família, fora o litro diário de água que bebe.

“O que a gente come, ele come também. Mas com menos tempero. Entre uma lata de ração ou um pedaço de carne, Bobi não hesita e escolhe a nossa comida.”

Por fim, os tutores ainda oferecem consultas regulares com os veterinários e exames de rotina. Os resultados surpreendem e mostram que ele está bem para a idade avançada.