Comportamento

Por Por Isadora Moraes


Na foto, a tutora Catarina Chalita com a gata Mika — Foto: ( Catarina Chalita/ Arquivo Pessoal)
Na foto, a tutora Catarina Chalita com a gata Mika — Foto: ( Catarina Chalita/ Arquivo Pessoal)

Mika é uma gata esperta, feliz e com uma energia infinita, como descreve a sua atual tutora Catarina Chalita. Mas nem sempre foi assim. Com alguns dias de vida, o filhote já vivenciou uma situação de muito sofrimento. De acordo com Simona Mariotto, médica-veterinária e protetora de animais, ela foi achada no telhado de uma casa. A sua mãe deu uma cria e todos os gatos foram resgatados, mas ela ficou para trás, até que as pessoas que realizavam o resgate a viram descendo do local. “A gata estava muito debilitada, magra, resfriada e com dificuldades de se alimentar”, conta Dra. Simona.

Mika e seu irmão Lemon abraçados no sofá. A tutora Catarina Chalita diz que os dois têm uma boa relação — Foto: ( Catarina Chalita/ Arquivo Pessoal )
Mika e seu irmão Lemon abraçados no sofá. A tutora Catarina Chalita diz que os dois têm uma boa relação — Foto: ( Catarina Chalita/ Arquivo Pessoal )

Nesse momento, a batizaram de Pérola. A pequena estava com uma infecção no olho, o que lhe causava muita dor. A protetora revela que ela não deixava ninguém se aproximar, pois estava com muito medo. Depois, o pet passou por uma cirurgia para tirar o globo ocular do lado direito. Logo, ela entrou para a fila de adoção e o maior desafio era encontrar uma família que acolhesse uma gata que tivesse apenas um olho.

A campanha dos protetores, vizinhos da Simona e ativistas da causa, foi tão grande que Pérola conseguiu um lar e recebeu um novo nome: Mika. Não foi apenas o seu nome que mudou, mas sim toda a sua estrutura de vida. O animal ganhou uma família e, para melhorar, um novo amigo: Lemon, o primeiro gato de Catarina.

A gata Mika demorou três dias para se acostumar com o novo lar, depois de ter sido adotada — Foto: ( Catarina Chalita/ Arquivo Pessoal )
A gata Mika demorou três dias para se acostumar com o novo lar, depois de ter sido adotada — Foto: ( Catarina Chalita/ Arquivo Pessoal )

“No começo, minha mãe foi contra adotar qualquer animal, mas, com o tempo, ela aceitou a ideia. Nunca tinha pensado em adotar um animal com deficiência, mas não fez diferença nenhuma, pois ela vive uma vida normal. As pessoas em casa ficaram com dó da situação dela, mas não acho que isso influenciou a decisão”, diz a adotante.

Segundo Catarina, Mika levou três dias para se acostumar com a nova casa e com as pessoas ao redor. Hoje em dia, ela ama brincar com todos e já superou os traumas do passado. “Qualquer coisa vira brinquedo para ela e todos os brinquedos que o irmão não liga muito ela aproveita um milhão de vezes!! Bolinha e peteca são os favoritos”, revela.

Além de ter se encontrado em uma nova família, Mika ainda recebeu um apelido. Hoje, ela é chamada de Pulga. “O apelido dela é pulga, porque ela é pequena, corre muito rápido e pula muito, igual um coelho”, comenta a tutora. Pérola, Mika e Pulga. A gata é a mesma, mas os nomes representam fases importantes de sua trajetória e mostram o quanto ela é querida por todos a sua volta. A adoção responsável transformou completamente a sua vida.

Na imagem, Mika e seu irmão mais velho Lemon aproveitam o sol na janela — Foto: ( Catarina Chalita/ Arquivo Pessoal )
Na imagem, Mika e seu irmão mais velho Lemon aproveitam o sol na janela — Foto: ( Catarina Chalita/ Arquivo Pessoal )

Para as pessoas que pensam em adotar um bicho especial, Catarina sugere que o adotante converse com o centro que acolheu o pet, para entender melhor a respeito do tratamento, a fim de ampará-lo de forma adequada. Ela reforça que existem algumas deficiências que exigem mais atenção, cuidados e tratamentos adicionais, mas que o amor e as brincadeiras são as mesmas que um animal comum receberia.

“Gostaríamos que mais histórias de animais resgatados, que têm alguma deficiência, tenham um final feliz, como o da Mika. O que podemos aprender é não perder a esperança e que pode existir um mundo mais humano, se as pessoas quiserem”, finaliza Dra. Simona.

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