Belmiro pelo Mundo

Por Éleefe Prestes

O historiador Luis Fernando Prestes, ou Éleefe, está viajando o mundo com seu cãopanheiro, Belmiro. A expedição começou em Portugal e termina na China.


Belmiro e Éleefe estão em Isparta, na Turquia, atualmente — Foto: Éleefe Prestes Camargo/ Arquivo Pessoal
Belmiro e Éleefe estão em Isparta, na Turquia, atualmente — Foto: Éleefe Prestes Camargo/ Arquivo Pessoal

Já virou rotina começar a coluna dizendo que viajar com um cão é um desafio e tanto. Mas não posso mentir, Rs! A dinâmica e as necessidades mudam completamente com a presença de um animal que depende de você 24 horas por dia. Quando decidi encarar essa aventura, sabia que uma das minhas prioridades na estrada precisaria ser a saúde do Belmiro.

Como também já comentei por aqui, todo o planejamento da viagem foi pensando em seu bem-estar, ou seja, as distâncias das viagens, a temperatura de cada local, os programas que faríamos e por aí vai…

O Belmiro é um cão muito resistente e rústico. Em partes, isso se dá por ser um border collie, raça desenvolvida nos últimos séculos entre a fronteira da Escócia e da Inglaterra para o manejo de rebanhos de carneiros.

De qualquer forma, durante as três caminhadas diárias que realizamos para que ele possa fazer as necessidades, coloco nele uma capa projetada para o inverno asiático. No momento, estamos em Isparta, na Turquia, onde as temperaturas chegam a -12 °C. O Belmiro também usa sapatos para neve, mas são utilizados somente em caminhadas mais longas.

Belmiro tem roupas especiais para driblar os dias mais intensos do inverno asiático  — Foto: Éleefe Prestes Camargo/ Arquivo Pessoal
Belmiro tem roupas especiais para driblar os dias mais intensos do inverno asiático — Foto: Éleefe Prestes Camargo/ Arquivo Pessoal

Durante nossa convivência, eu monitoro sinais importantes que podem dar indícios de possíveis complicações: se ele está comendo bem, bebendo água, urinando e defecando da maneira esperada.

Antes de sair do Brasil, fomos orientados pela veterinária dele, a Dra. Stephanie Simões, e Belmiro tomou todas as vacinas obrigatórias e algumas adicionais, para que não tivesse problemas durante a viagem. Mesmo com todo cuidado, claro, alguns perrengues surgiram no meio do caminho.

Em Portugal, Belmiro contraiu uma conjuntivite. A veterinária dele me orientou a levá-lo a uma clínica, onde ele foi examinado e medicado. Tivemos casos de diarreias isoladas, uma na Transnístria, outra em Milão e a terceira aqui, em Isparta.

Em síntese, temos que ficar atentos aos sinais que revelam potenciais problemas de saúde nos cães. Ao mesmo tempo, tento sempre pesar na balança a relação entre liberdade e risco. Belmiro, assim como todos os pets, adora correr, se divertir e ter contato com outros cães, o que, claro, aumenta a chance de doenças.

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