Mais uma semana, mais uma sessão de altos e baixos no Tesouro Direto. Nesta segunda-feira (17), os títulos públicos encerraram o dia entre altas e baixas. Vale lembrar que na semana anterior, os papéis chegaram a oferecer taxas em patamares históricos.
O gatilho de hoje foi o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC), que voltou a prever Selic e inflação maior em 2024 e 2025. O relatório ganha mais relevância nesta semana porque na quarta-feira o Comitê de Política Monetária (Copom) vai anunciar mais uma decisão de juros.
Destaque para o Tesouro Prefixado 2031, que pagou 12,15%, ante os 12,18% da última sessão. O mesmo movimento acontece no papel com vencimento em 2035, com pagamento de juros semestrais, que hoje encerrou o dia pagando 11,93%.
Entre os atrelados à inflação, o caminho é inverso. O título com prazo para 2029 pagou 6,40% no fechamento do dia, frente aos 6,36% da última sessão. O papel mais longo, com vencimento em 2055, também subiu: de 6,32% da última sexta para 6,33% hoje.
Vale lembrar que as taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais. O que significa dizer que, tanto nos papéis prefixados quanto naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice e versa. Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — já que assegura rentabilidade maior se mantiver a aplicação até o vencimento, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica em perda temporária para quem possui os títulos na carteira.
Qual eu compro?
Depende. Os analistas avaliam os patamares atuais do mercado de títulos públicos bastante atrativos, mas não dispensam a dose de cautela no que diz respeito ao volume e ao prazo. No caso dos prefixados, a recomendação é aproveitar as taxas maiores do que a projeção da Selic no período, mas sem alongar muito o investimento (ou seja, ficar no curto prazo).
Já entre os indexados à inflação, os analistas também consideram os 6% atrativos. Nesse caso, os títulos têm um extra: minimizam os efeitos do IPCA sobre a carteira.
Vale destacar que, quem já tem o papel na carteira, a melhor forma de não perder dinheiro com a volatilidade do mercado de títulos públicos é levando até o vencimento.
Fechamento Tesouro Direto nesta segunda-feira (17)
Título | Rentabilidade anual | Investimento mínimo | Preço Unitário | Vencimento |
TESOURO PREFIXADO 2027 | 11,56% | R$ 30,31 | R$ 757,76 | 01/01/2027 |
TESOURO PREFIXADO 2031 | 12,15% | R$ 33,20 | R$ 474,35 | 01/01/2031 |
TESOURO PREFIXADO com juros semestrais 2035 | 11,93% | R$ 37,53 | R$ 938,31 | 01/01/2035 |
TESOURO SELIC 2027 | SELIC + 0,0875% | R$ 149,32 | R$ 14.932,43 | 01/03/2027 |
TESOURO SELIC 2029 | SELIC + 0,1560% | R$ 148,58 | R$ 14.858,88 | 01/03/2029 |
TESOURO IPCA+ 2029 | IPCA + 6,40% | R$ 31,71 | R$ 3.171,21 | 15/05/2029 |
TESOURO IPCA+ 2035 | IPCA + 6,34% | R$ 44,06 | R$ 2.203,37 | 15/05/2035 |
TESOURO IPCA+ 2045 | IPCA + 6,30% | R$ 36,15 | R$ 1.205,03 | 15/05/2045 |
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 2035 | IPCA + 6,35% | R$ 42,11 | R$ 4.211,62 | 15/05/2035 |
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 2040 | IPCA + 6,28% | R$ 42,72 | R$ 4.272,15 | 15/08/2040 |
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 2055 | IPCA + 6,32% | R$ 41,52 | R$ 4.152,06 | 15/05/2055 |