Quando se fala em empréstimo, logo vêm à cabeça linhas de crédito como o consignado, o cheque especial e o cartão de crédito, algumas das modalidades mais usadas pelos brasileiros. No entanto, quando os financiamentos são para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) , uma modalidade tem ganhado destaque. Segundo um levantamento da Serasa Experian, os empréstimos são a linha favorita desse público, mas estão ganhando um concorrente de peso: a antecipação de recebíveis.
O levantamento mostra que os empréstimos (como capital de giro e conta garantida, por exemplo) foram citados como a linha favorita de 42% das empresas participantes, enquanto a antecipação de recebíveis foi apontada por 38%. Mas engana-se quem pensa que o cartão de crédito é uma exclusividade das pessoas físicas. O rotativo do cartão foi apontado por 20% dos entrevistados como a modalidade de crédito preferida.
Apesar de estar crescendo, a opção da antecipação de recebíveis ainda tem espaço para ganhar mais espaço. Isso porque, segundo a pesquisa, 38% das empresas que têm interesse em solicitar crédito em breve ainda não sabem qual linha vão usar.
Ainda de acordo com o levantamento, 36% das MPMEs pretendem fazê-lo por meio de um pedido de empréstimo. Já 32% visam usar os recebíveis (sendo 19% por meio dos recebíveis de cartão de crédito e 13% por meio de recebíveis de outras modalidades, como boletos e duplicatas).
O que é a antecipação de recebíveis?
Como o próprio nome sugere, essa modalidade de crédito é usada quando um empreendedor ou empresa recebe de forma adiantada o valor das vendas que foram feitas a prazo. Portanto, se uma compra feita no cartão de crédito só “cairia na conta” do empresário dali a 30 dias, ela pode ser adiantada.
Isso, claro, tem um custo. As instituições financeiras ou mesmo as credenciadas de cartão (nome dado às “donas" das maquininhas) cobram uma taxa para adiantar aquele pagamento.
Para se ter uma ideia do quanto essa modalidade de crédito é importante, no último balanço da Cielo a companhia reportou um volume de R$ 24,6 bilhões em produtos a prazo, soluções que permitem aos clientes antecipar seus fluxos de recebíveis.
