Com ao menos cinco cidades brasileiras aparecendo em um ranking que mostra os locais na América Latina com custo de vida mais caro, toda forma de se adquirir o que se precisa sem extrapolar o orçamento pessoal é bem-vinda. No caso de mobília para casa, móveis e eletrodomésticos básicos de segunda mão podem gerar uma economia de até 48%, em média. Veja sobre quais itens a barganha é maior e os cuidados para se comprar itens já usados.
Caro para viver
São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Manaus e Belo Horizonte se destacaram na ponta de cima de um levantamento feito em 227 cidades dos cinco continentes e que avalia os preços de mais de 200 itens entre bens de consumo e serviços, incluindo habitação, transporte, alimentação, vestuário, utensílios domésticos e entretenimento.
As cidades brasileiras subiram em comparação ao ano passado, com São Paulo liderando a lista nacional após subir 16 posições, ocupando a posição número 152. Um dos principais índices, o valor do aluguel subiu pelo sexto ano consecutivo no país. No caso do Rio, pesou os preços dos serviços públicos e alimentação em casa e entretenimento para avançar cinco posições no relatório da consultoria Mercer.
A pesquisa foi realizada em março de 2023. Desde lá, os cenários de preços, câmbio e inflação no Brasil têm demonstrado alguns sinais de arrefecimento. Na última medição do IPCA-15 de maio (índice do IBGE considerado a prévia da inflação oficial), por exemplo, os artigos de residência recuaram 0,28%.
Os preços dos itens de TV, som e informática recuaram 1,44%, influenciados pelos televisores (-2,21%). Já os eletrodomésticos e equipamentos (-0,92%) foram puxados para baixo pelos recuos do refrigerador (-1,37%) e da máquina de lavar roupa (-1,09%).
Ainda assim, vale sempre a pena poupar (ainda mais diante dos prognósticos de que a economia global está desacelerando e o aumento da renda deve ser mais lento esse ano). Na busca por esse objetivo, a compra de itens usados e seminovos pode ser uma estratégia a ser avaliada, já que, em alguns casos, é possível encontrar preços médios até 76% menor do que em lojas, segundo mapeamento feito pela plataforma OLX.
Cama, mesa e banho pela metade do preço
Em relação ao preço médio dos utensílios para cozinha mais anunciados na plataforma no primeiro trimestre, o micro-ondas registrou o menor preço, R$ 254, representando 54% de economia no comparativo com um novo. Entre os demais produtos da categoria, a geladeira (produto para cozinha mais vendido e anunciado do período) se destaca com a maior economia (63%).
Sala
Os televisores são líderes em valor menor, encontrados por, em média, R$ 233 (76% de economia em relação a um item novo).
Quarto
Camas seminovas puderam ser encontradas por, em média, R$ 439 (45% mais baratas em comparação com novos).
Pechincha boa, é pechincha segura
Se a "pechincha" atrai, vale lembrar que para fazer uma compra on-line com segurança, alguns pontos precisam ser avaliados.
Todas as conversas com os vendedores dos itens usados ou seminovos devem ser feitas pelos canais oficiais das plataformas onde os produtos foram anunciados.
Dados pessoais, nem número de celular devem ser divulgados nas conversas. Caso identifique alguma atitude suspeita, como o pedido de códigos de confirmação ou informações do cartão de crédito, não siga com o pagamento.
Observe se a plataforma em que a compra está sendo feita traz informações sobre o vendedor e quais são as formas oficiais para o envio dos produtos (se via empresas de entrega, como Uber, Rappi, 99, Loggi e afins, ou se apenas via Correios).
Não se esqueça da nota fiscal, que atesta a legalidade da procedência do produto. Caso o item ainda esteja na garantia, é possível ter acesso à assistência técnica oficial.
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