Gastar Bem

Por Carla Matsue, Valor Investe — São Paulo


Encerrar um ciclo estudantil é sempre motivo de comemoração, seja a escola ou algum curso superior. Para celebrar, é comum que os estudantes façam festas de formatura para guardar na memória os bons momentos e as amizades feitas durante o curso.

Apesar de o momento ser de celebração, nem sempre é assim. No começo de janeiro, veio à público a história da estudante de medicina da Universidade de São Pauloo (USP), Alicia Dudy Muller, que desviou quase R$ 1 milhão dos fundos arrecadados para custear a festa de formatura da turma. Aliás, Alicia acaba de se tornar ré, por estelionato, pela Justiça de São Paulo

A festa para os formandos não é barata e o setor de formatura movimenta cifras bilionárias anualmente e depois de dois anos, com o fim do isolamento social impostos pela covid-19, os eventos com grande quantidade de pessoas prometem voltar com força total.

“A ideia de formatura já é cultivada desde a escola, quando os alunos fazem formatura do 9º ano ou do terceiro colegial, então o potencial para crescimento do setor é muito promissor”, afirma Michel Brucce, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Formatura e Afins (ABEFORM).

Brucce explica que o caso da estudante de medicina é um acontecimento isolado, mas que joga luz aos direitos e deveres que os formandos devem ter ao decidirem fazer a festa de formatura.

O presidente algumas dicas importantes para os estudantes que têm o sonho de fazer a festa e o que devem fazer caso algo não saia como o combinado.

Antes de mais nada, ainda naquela ideia embrionária de formatura, a turma deve escolher um grupo que represente os interesses de todos. Esse grupo é chamado “comissão de formatura”. Segundo Brucce, os alunos devem escolher bons representantes, com uma visão geral que direcione o trabalho do grupo.

Brucce salienta que mesmo que a classe tenha elegido a comissão de formatura, é dever de toda a turma acompanhar os processos e os preparativos da festa. “A classe não pode abandonar a comissão e esperar que um grupo faça todo o trabalho, os alunos devem pedir um relatório com os gastos e contratações e acompanhar mês a mês o andamento da formatura”, explica.

O presidente alerta para possíveis indícios de golpes que a comissão deve ficar atenta. Para formaturas realizadas em cidades menores, como no caso de algumas faculdades federais, não há um grande leque de fornecedores de produtos, portanto, deve-se desconfiar das empresas que oferecem preços muito abaixo das outras companhias.

“Uma prática de segurança é obter o máximo possível de orçamentos com empresas e fornecedores, mas deve-se ficar atento à diferença de valores oferecidos”, ressalta o presidente.

Também vale verificar os antecedentes das empresas contratadas nos órgãos de proteção ao consumidor, como no Procon, em sites de reclamação ou até mesmo nas redes sociais. Os alunos - e não só a comissão de formatura - deve buscar informações sobre os fornecedores para averiguar se há alguma reclamação ou exposição de casos que envolvam a empresa contratada, para que atentem-se aos problemas e possivelmente optem por outras empresas.

Além da diferença nos preços, é comum que a comissão de formatura receba alguns presentes das empresas que oferecem o serviço em busca da contratação. Brucce alerta que benefícios muito exorbitantes como viagens e show de bandas famosas também devem despertar a atenção dos integrantes da comissão e devem comunicar os outros colegas de forma transparente.

No site da ABEFORM, é possível ver a lista de empresas associadas que são estudadas pela associação e devem cumprir requisitos para que se tornem associadas.

O presidente finaliza dizendo que, caso os alunos ou a comissão de formatura enfrentem algum problema durante a execução da festa ou ainda nos preparativos, sentindo-se lesados, eles devem procurar os meios legais de proteção ao consumidor o quanto antes.

Formatura de universidade — Foto: Charles DeLoye/Unsplash
Formatura de universidade — Foto: Charles DeLoye/Unsplash
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