O Bank of America (BofA) atualizou as suas recomendações para as ações da Ecorodovias e da CCR, considerando os investimentos futuros das companhias e os preços atuais dos papéis delas.
O banco elevou a sua indicação sobre a Ecorodovias de venda para neutra e subiu o preço-alvo para as ações de R$ 8 para R$ 9,50, após os papéis acumularem uma queda de 33% desde o início do ano. Para o BofA, essa desvalorização parece excessiva e não leva em consideração a expansão do tráfego e o bom controle de custos da empresa.
Essa queda nas ações pode ser explicada, segundo o BofA, pelos compromissos de investimentos de R$ 40 bilhões da Ecorodovias, que equivalem a nove vezes o seu valor de mercado e provavelmente se traduzirão em alavancagem elevada por um longo período, especialmente após o vencimento da concessão da Ecosul em 2026.
Já no caso da CCR, o BofA manteve a sua indicação neutra, mas reduziu o seu preço-alvo de R$ 16 para R$ 14,50, considerando os custos da empresa. O banco aponta que, recentemente, a CCR divulgou uma lista de 18 leilões, com R$ 125 bilhões em exigências de investimentos, que deverão ocorrer nos próximos anos, reafirmando que provavelmente será seletiva nas licitações.
Além disso, o BofA acredita que a CCR poderia se beneficiar dos reequilíbrios pendentes dos contratos de concessão nas concessões Quiport, VLT Carioca e Metrô Bahia devido à menor demanda em meio à Covid-19.
Há pouco, as ações da Ecorodovias subiam 7,3%, a R$ 6,73, e as da CCR avançavam 0,2%, a R$ 12,06.