A companhia Azul é a principal escolha do setor de aéreas, juntamente com Copa Airlines, segundo monitoramento do J. P. Morgan. As tarifas de lazer do setor no Brasil desaceleraram no segundo trimestre deste ano em base anual, enquanto as tarifas corporativas registraram um crescimento razoável em relação ao ano passado.
As tarifas de lazer, considerando quatro rotas, caíram 8% em base anual e 13% em base trimestral, mas aumentaram 66% em relação ao segundo trimestre de 2019 em média para as três empresas listadas, afirma o banco. Já as tarifas corporativas, incluindo cinco rotas, aumentaram 12% em base anual, mas caíram 12% em base trimestral, enquanto aumentaram 26% em relação ao segundo trimestre de 2019.
O J. P. Morgan ressalta que o segundo trimestre é geralmente mais fraco devido à sazonalidade, e as tarifas de lazer são coletadas três meses à frente e as corporativas um mês à frente, então a amostra não refletiu necessariamente o efeito de potenciais aumentos de preços para compensar a recente depreciação de 7% no real desde maio.
Segundo o banco, a Azul recuperou há muito tempo a capacidade pré-covid, com alta de 42% na doméstica e de 5% na internacional no primeiro trimestre deste ano. A Latam estava com capacidade doméstica 26% acima da de 2019, mas internacional 10% aquém, enquanto a Gol estava 16% aquém para doméstica e 25% para a internacional. Para 2024, o banco prevê que a Azul aumente sua capacidade total em 10%, a Latam em 16% e a Gol recue 5% em base anual.
O J.P. Morgan afirma ter uma visão otimista sobre Latam, pois a empresa tem surpreendido positivamente desde o início da recuperação judicial, enquanto na Gol o a recuperação judicial deve continuar pesando no desempenho das ações. “Vemos uma potencial fusão e aquisição entre a Azul e a Gol como desafiadora, apesar de acreditarmos que a consolidação no mercado de aviação brasileiro faria sentido, dada a baixa sobreposição entre as duas”, diz o banco.
Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor