Ação do Fleury (FLRY3) arranca 5% com boas notícias no radar

A primeira delas tem a ver com a o anúncio da primeira aquisição após a fusão com o Hermes Pardini, em março do ano passado. Hoje, o mercado começou o dia com o comunicado que o Fleury fechou a compra de 100% do laboratório São Lucas, de Santa Catarina, por R$ 69,8 milhões. Além disso, houve uma revisão para os papéis feita por bancão, que passou a indicar a compra das ações. Veja mais abaixo.

A aquisição pelo Fleury do São Lucas Centro de Diagnóstico, de Santa Catarina, é positiva do ponto de vista estratégico, mas a transação é pequena demais para impactar significativamente uma grande empresa como o Fleury, diz o Itaú BBA.

Os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Marquezini e Felipe Amancio escrevem, em relatório, que a aquisição fornece mais provas de que a empresa pode alavancar a sua forte geração de fluxo de caixa e o seu balanço robusto para apoiar a expansão geográfica e impulsionar o crescimento das receitas, especialmente à medida que algumas das suas marcas amadurecem.

Segundo os analistas, a empresa adquirida é uma pequena empresa de diagnóstico e opera cinco centros de atendimento em Itajaí e Balneário Camboriú, totalizando R$ 47 milhões em receita bruta até setembro de 2023, o que representa 0,6% do faturamento do Fleury no mesmo período.

O Itaú BBA tem recomendação de compra para Fleury, com preço-alvo de R$ 22.

Já o J.P Morgan nota que o Fleury retomou sua agenda de expansão inorgânica ao comprar o Laboratório São Lucas a termos atrativos, o que insere a companhia no mercado de Santa Catarina e aumenta o portfólio da empresa com um ativo com bom desempenho operacional.

Os analistas Joseph Giordano e Estela Strano escrevem que o valor de R$ 69,8 milhões é pequeno, mas o múltiplo da operação de 5,4 vezes o Ebitda ficou em linha com os múltiplos do Fleury, o que deve ajudá-la a gerar valor.

O banco acredita que o Laboratório São Lucas é um ativo com bom desempenho, apesar de representar menos de 1% das receitas totais do Fleury ela tem uma margem operacional maior.

O J.P. Morgan tem recomendação neutra para Fleury, com preço-alvo em R$ 21.

O Goldman Sachs elevou a recomendação de Fleury de neutra para compra e o preço-alvo de R$ 18 para R$ 19, potencial de alta de 35,6% sobre o fechamento de ontem.

Os analistas Gustavo Miele e Emerson Vieira escrevem que as ações do Fleury se tornam uma boa opção defensiva no setor de saúde por conta das tendências positivas de desalavancagem e bons fundamentos operacionais.

Eles escrevem que fatores de risco, como a desaceleração no crescimento das suas marcas premium, já parecem incorporadas no preço, reduzindo o potencial de queda das ações.

Além disso, o banco afirma que o cenário competitivo está mais favorável para a companhia, após a aquisição do Grupo Pardini, o que pode gerar revisão para cima nas estimativas de margens.

“Apear da falta de bons gatilhos operacionais no curto prazo, as ações do Fleury estão com múltiplos atrativos e boas perspectivas de retornos que cobrem os potenciais riscos”, comentam.

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Conteúdo originalmente publicado pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico