Tesouro Direto: juros de títulos têm dia volátil após 'prévia da inflação'

Entre as maiores quedas, se destaca o título prefixado com vencimento em 2027, que chegou a perder o patamar dos 11% até metade do dia, mas encerrou a sessão oferecendo 11,01%. Na mesma modalidade, o Tesouro Prefixado 2031 ofereceu 11,80% nesta terça, acima dos 11,76% do fechamento de ontem.

Entre os papéis atrelados à inflação, mais volatilidade. O Tesouro IPCA com vencimento em 2045 fechou o dia pagando mais, 6,16% ao ano, 0,02 ponto percentual acima do que era oferecido na sessão anterior.

O IPCA-15 subiu 0,44% em maio ante abril, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador acelerou ante o visto em abril, quando subiu 0,21%. O índice ficou abaixo da mediana das expectativas das 30 casas ouvidas pelo Valor Data, que apontava para uma inflação de 0,47%. As projeções iam de uma alta de 0,28% a um avanço de 0,56%.

A leitura dos números é avaliada como ligeiramente positiva pelos agentes financeiros. Isto porque, com a ideia de inflação controlada, os agentes acreditam que o Banco Central pode pelo menos retomar o ritmo de queda da Selic.

Vale lembrar que as taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais. O que significa dizer que, tanto nos papéis prefixados quanto naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice e versa. Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — já que assegura rentabilidade maior se mantiver a aplicação até o vencimento, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica em perda temporária para quem possui os títulos na carteira.