Casais gastam 13% do orçamento com apps de comida, transporte e streaming, aponta fintech

Aplicativos de delivery são os mais utilizados e respondem por 8,14% do orçamento compartilhado dos usuários

Por Anaïs Fernandes, Valor — São Paulo


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Casais gastam 12,63% do seu orçamento conjunto com aplicativos de entrega de comida, transporte de passageiros e serviços de streaming. É o que aponta um levantamento da fintech Noh, carteira de compartilhamento de despesas, que considerou 16 mil transações realizadas em sua base entre junho e agosto deste ano.

Segundo o levantamento, os aplicativos de delivery são os mais utilizados e respondem por 8,14% do orçamento compartilhado dos usuários, com um ticket médio de R$ 73. O app iFood responde por 74% das transações para entrega de comida entre os usuários da Noh, e o Rappi, por 21% — o restante está diluído entre outros aplicativos.

Na sequência, aparecem os apps de transporte, que representam 3,65% dos gastos coletivos, com ticket médio de R$ 33. Entre os aplicativos de transporte, a Uber tem 59% da representação, o Turbi, 33%, enquanto o app da 99 fica com apenas 0,5%.

Já os serviços de streaming são 0,83% do total de gastos, com desembolso médio de R$ 29. Mesmo com menor representatividade, são despesas frequentes, em geral de periodicidade mensal, segundo a Noh. Netflix, HBOMax e Spotify são os aplicativos de streaming mais populares entre os usuários da plataforma.

Para a Noh, os dados reforçam a importância do compartilhamento de despesas em um momento de inflação elevada como o atual. Em 12 meses até setembro, no IPCA-15 divulgado hoje, o preço médio de corridas por transporte por aplicativo acumula alta de 45,5%. Na mesma comparação, os serviços de streaming sobem 13,3%. O IPCA-15 como um todo avança 7,96%.

"Quase 13% do orçamento conjunto é gasto com esse tipo de serviço. Supondo uma divisão meio a meio, significa que 6,5% de toda a sua renda pode ficar comprometida se a divisão não for feita na hora e com transparência", comenta Ana Zucato, CEO da Noh.

Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico

— Foto: Getty Images
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