Consultório Financeiro

Por Valor — São Paulo


Leitor pergunta: "Sou solteiro e não tenho dependentes. Com as contas apertadas, pensei em parar de pagar o seguro de vida, mas me falaram que não seria uma boa ideia. Por que não?"

Vivi Stamm, CFP, responde:

Por muito tempo, o seguro de vida era visto como uma proteção para a família em caso de morte do segurado. Mas, atualmente, o mercado de seguros oferece inúmeras coberturas que poderão ser usufruídas em vida. Ainda é possível escolher entre os mais variados planos até encontrar um de acordo com seu perfil e sua capacidade financeira.

Caso você opte por manter o seguro, é importante saber que existem vários benefícios mesmo quando se é solteiro. As coberturas podem incluir:

  • a) invalidez total, parcial ou temporária;
  • b) diagnóstico de doenças graves
  • (câncer, esclerose, Alzheimer etc.);
  • c) despesas médico-hospitalares por internação ou diária;
  • d) indenização por afastamento do trabalho por incapacidade temporária, entre outras.

Existem, inclusive, seguros resgatáveis. É importante esclarecer que os seguros resgatáveis não são um tipo de investimento, mas uma opção dentro da gestão de riscos.

Também existem os seguros premiáveis, ou seja, aqueles que por meio de sorteios contemplam alguns segurados conforme o regulamento estabelecido. Eles são parecidos com uma loteria.

Uma das vantagens financeiras de contratar um seguro de vida quando se é jovem e mantê-lo ao longo da vida é que você pode garantir um preço razoavelmente menor, diferentemente de outras pessoas que decidem ter o seguro mais tarde.

Então, sim, manter o seguro de vida em muitos casos pode ser interessante e até representar economia no orçamento de uma pessoa solteira. Por exemplo: uma pessoa que descobre uma doença grave como o câncer pode ter despesas muito elevadas com o tratamento.

Caso não possua reservas financeiras para custear as despesas ou plano de saúde, essa pessoa certamente terá um impacto importante no seu orçamento. Mesmo que decida fazer o tratamento pelo SUS, podem existir despesas que não são custeadas pelo governo e que podem exigir que ela desembolse valores que não estavam previstos em seu orçamento.

Portanto, caso decida cancelar seu seguro, antes de tudo sugiro que leia a apólice com cautela e verifique quais coberturas você possui e quais de fato você avalia que pode ou não precisar.

Outra possibilidade é reduzir algumas coberturas do seu seguro atual. Dependendo da situação, você pode conseguir a redução do preço que está pagando e fazer o ajuste necessário no seu orçamento.

Planejar sempre é o melhor caminho. Converse com seu consultor de seguros, esclareça as dúvidas e não tenha vergonha de perguntar, porque caso você precise usar alguma cobertura é importante saber de todos os detalhes.

Depois analise cada uma de suas coberturas e avalie a possibilidade de ocorrer um evento para o qual você tem cobertura para então decidir se, de fato, está realizando uma economia ao encerrar seu contrato de seguro.

Além disso, se as contas estão apertadas, revise seu planejamento financeiro por completo avaliando se todos os gastos atuais, principalmente os fixos, são realmente necessários. Fazendo esse check-up, você poderá esclarecer quais despesas fazem sentido e quais podem ser otimizadas ou excluídas completamente. Planejar e revisar seu orçamento constantemente é fundamental e certamente ajudará você a restabelecer sua saúde financeira.

Vivi Stamm é planejadora financeira pessoal e possui a certificação CFP (Certified Financial Planner) concedida pela Planejar – Associação Brasileira de Planejamento Financeiro . E-mail: vivistamm@gmail.com

As respostas refletem as opiniões do autor, e não do Valor Econômico ou da Planejar.

O jornal e a Planejar não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Perguntas devem ser encaminhadas para:
consultoriofinanceiro@planejar.org.br

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