Saúde

Por Redação Galileu

Em uma pesquisa com camundongos, cientistas descobriram que estimular uma região cerebral no hipotálamo, chamada núcleo supramammilar (SuM), pode ajudar a aprimorar neurônios nascidos na fase adulta (adult-born neurons, ou ABNs).

A descoberta foi publicada por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte (UNC), nos Estados Unidos, em 6 de abril, na revista Cell Stem Cell.

Podendo ser aplicada em cérebros de humanos adultos, a descoberta pode ajudar futuramente pacientes com Alzheimer que sofrem com déficits afetivos e de memória.

Em pessoas adultas, o hipocampo gera os ABNs ao longo da vida, em um processo chamado de neurogênese do hipocampo adulto (AHN). Os novos neurônios resultantes dessa operação nos auxiliam a guardar memórias e regular emoções.

Porém, em quem tem Alzheimer, o processo é prejudicado: há uma menor produção de ABNs, que são fabricados com qualidades inferiores. Um meio de ajudar quem sofre da doença, segundo a pesquisa, pode ser restaurar a AHN, que desenvolve um papel crítico para regular a memória e combater sintomas cognitivos, como ansiedade e depressão.

"Tem sido uma questão de longa data se a AHN pode ser suficientemente aprimorada em cérebros com Alzheimer para melhorar a função cerebral", conta Juan Song, autor sênior e professor associado de farmacologia Escola de Medicina da UNC, em comunicado.

Neurônios

Para aprimorar a ABN nos cérebros dos camundongos, Song e seus colegas adotaram uma estratégia de aprimoramento de duas etapas. Primeiro, eles estimularam a área cerebral SuM com optogenética, uma técnica que usa luz para alterar a atividade das células cerebrais que expressam genes de opsina (uma proteína) sensíveis à luz.

Em seguida, os pesquisadores realizaram o estímulo dessa área cerebral usando quimiogenética, que envolve o uso de moléculas inertes para alterar a atividade das células do cérebro que expressam receptores.

"Curiosamente, a estimulação do SuM sozinha ou a ativação de neurônios ABNs sem estimulação do SuM falhou em restaurar déficits comportamentais em camundongos com Alzheimer", observa Song.

De acordo com o professor, esses resultados sugerem que o aprimoramento dos neurônios nascidos na fase adulta é necessário para "alcançar seus benefícios terapêuticos em cérebros com Alzheimer”.

Quando os cientistas analisaram as alterações de proteínas no hipocampo de camundongos com Alzheimer após a ativação dos neurônios aprimorados, eles descobriram que várias vias de proteínas bem conhecidas foram ativadas dentro das células.

Segundo Song, sua equipe está empolgada para descobrir mecanismos subjacentes a esses efeitos benéficos da ativação dos neurônios aprimorados. Eles também planejam esforços para desenvolver drogas que imitem esses efeitos em humanos.

“Em última análise, a esperança é desenvolver terapias de primeira classe e altamente direcionadas para tratar Alzheimer e a demência relacionada”, ele afirma.

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