Saúde

Por Redação Galileu

Nesta segunda-feira (27), começa a primeira fase de aplicação no Brasil da vacina bivalente contra a Covid-19. Inicialmente, o imunizante será disponibilizado apenas a pessoas do grupo de risco, durante 4 fases prioritárias diferentes (saiba mais abaixo).

A vacina bivalente funciona somente como reforço para quem recebeu pelo menos duas doses dos imunizantes CoronaVac, Pfizer, AstraZeneca ou Janssen.

O que são as vacinas bivalentes?

Conforme o Ministério da Saúde, o imunizante bivalente melhora a imunidade contra a cepa original do coronavírus e também contra a variante ômicron com segurança e eficácia semelhante ao das vacinas monovalentes.

As vacinas bivalentes, “não precisam de diluição para aplicação e virão com uma tampa com coloração diferente – na cor cinza, para ajudar na diferenciação”, segundo a farmacêutica Pfizer.

As bivalentes mostraram resposta imune robusta para as cepas Ômicron em circulação (BA.1 e BA.4/BA.5). Já as monovalentes têm um tipo só de vírus que causa a Covid-19, isto é, o vírus ancestral, que primeiro apareceu na China no fim de 2019, conforme explica o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha.

“Então, todas as vacinas que a gente tinha e usou até agora eram monovalentes, independentemente do laboratório fabricante”, afirma ele à Agência Brasil.

Apesar da vacina bivalente ter sido desenvolvida de modo mais específico paras as ômicron circulantes, os reforços com as monovalentes não deixaram de demonstrar alta efetividade para casos graves, hospitalizações e morte — seja em relação ao tipo selvagem do vírus ou às novas variantes de preocupação, incluindo ômicron.

Quais vacinas bivalentes a Anvisa aprovou?

Estão disponíveis no Brasil duas vacinas bivalentes, ambas produzidas pela Pfizer: a Comirnaty Bivalente BA.1 e a Comirnaty Bivalente BA.4/BA.5. A dupla de vacinas recebeu, em novembro de 2022, autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial. 

Vacina bivalente funciona como dose de reforço para quem recebeu pelo menos duas doses dos imunizantes CoronaVac, Pfizer, AstraZeneca ou Janssen — Foto: Cris Oliveira- Secom/PMVR
Vacina bivalente funciona como dose de reforço para quem recebeu pelo menos duas doses dos imunizantes CoronaVac, Pfizer, AstraZeneca ou Janssen — Foto: Cris Oliveira- Secom/PMVR

Quem pode tomar as bivalentes?

O Ministério da Saúde explica que as tecnologias bivalentes "são indicadas como dose única de reforço para crianças e adultos, após dois meses da conclusão do esquema vacinal primário, ou como última dose de reforço da vacina monovalente contra a Covid-19".

Conforme divisão anunciada pelo ministério, a imunização será feita em quatro etapas. Na fase 1, que começa nesta segunda-feira (27), pessoas acima de 70 anos, imunocomprometidos, indígenas, ribeirinhos e quilombolas podem tomar o reforço bivalente. Na fase 2, serão vacinadas pessoas com idade entre 60 e 69 anos; na fase 3, gestantes e puérperas; e na fase 4, profissionais de saúde.

Segundo informa Juarez Cunha, é recomendado o reforço bivalente para pessoas que foram plenamente vacinadas com o esquema primário que, em geral, são duas doses ou dose única. E também para aquelas que já fizeram a terceira e a quarta doses. “Essas pessoas que têm essa vacinação já feita, desde que tenham se passado quatro meses da última dose, podem receber a bivalente”, ele diz.

Apesar da disponibilização das vacinas bivalentes, o Ministério da Saúde reforça que os imunizantes monovalentes continuam disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e são altamente eficazes contra a doença.

“A aplicação da bivalente não significa que as vacinas monovalentes não continuam protegendo”, explica Cunha. “Elas continuam protegendo, mesmo para a variante Ômicron, mas, claro, tendo a possibilidade de uma vacina desenhada mais especificamente para a variante circulante, a tendência é termos melhor resposta”.

Mais recente Próxima Só metade dos bebês recebe aleitamento materno exclusivo até os 6 meses
Mais de Galileu

Cientistas observaram região acima da Grande Mancha Vermelha com o telescópio James Webb, revelando arcos escuros e pontos brilhantes na atmosfera superior do planeta

Formas estranhas e brilhantes na atmosfera de Júpiter surpreendem astrônomos

Yoshiharu Watanabe faz polinização cruzada de trevos da espécie "Trifolium repens L." em seu jardim na cidade japonesa de Nasushiobara

Japonês cultiva trevo recorde de 63 folhas e entra para o Guinness

Especialista detalha quais são as desvantagens do IMC e apresenta estudo que defende o BRI como sendo mais eficaz na avaliação de saúde

Devemos abandonar o IMC e adotar o Índice de Redondeza Corporal (BRI)?

Consumidores de cigarro eletrônico apresentam índices de nicotina no organismo equivalentes a fumar 20 cigarros convencionais por dia, alertam cardiologistas

Como o cigarro (inclusive o eletrônico) reduz a expectativa de vida

Artefatos representam as agulhas de pedra mais antigas que se tem registro até hoje. Seu uso para confecção de roupas e tendas para abrigo, no entanto, é contestado

Agulhas de pedra mais antigas da história vêm do Tibete e têm 9 mil anos

Cofundador da Endiatx engoliu durante palestra da TED um aparelho controlado por um controle de PlayStation 5 que exibiu imagens em tempo real de seu esôfago e estômago; assista

Homem ingere robô "engolível" e transmite interior de seu corpo para público

Pesquisadores coletaram amostras do campo hidrotérmico em profundidades de mais de 3 mil metros na Dorsal de Knipovich, na costa do arquipélago de Svalbard

Com mais de 300ºC, campo de fontes hidrotermais é achado no Mar da Noruega

Além de poder acompanhar a trajetória das aves em tempo real, o estudo também identificou as variáveis oceanográficas que podem influenciar na conservação dessas espécies

6 mil km: projeto acompanha migração de pinguim "Messi" da Patagônia até o Brasil

Estudo é passo inicial para que enzimas produzidas pelo Trichoderma harzianum sejam usadas para degradar biofilmes orais

Substância secretada por fungos tem potencial para combater causa da cárie dental

Lista traz seleção de seis modelos do clássico brinquedo, em diferentes tipos de formatos, cores e preços; valores partem de R$ 29, mas podem chegar a R$ 182

Ioiô: 5 modelos profissionais para resgatar a brincadeira retrô