Espaço

Por Redação Galileu

Em mais uma empreitada inédita, o Telescópio Espacial James Webb fornece uma visualização única de objetos celestes escondidos no universo. Em um vídeo divulgado pela Nasa nesta segunda-feira (10), é possível ver, em lentes 3D, aproximadamente 5 mil galáxias localizadas a alguns bilhões de anos-luz da Terra.

As imagens foram captadas como parte da pesquisa Cosmic Evolution Early Release Science (CEERS). A filmagem destaca uma pequena parte da Extended Groth Strip, uma região entre as constelações de Ursa Maior e Boötes originalmente observada pelo Telescópio Espacial Hubble entre 2004 e 2005, que contém cerca de 100 mil galáxias.

O foco, no entanto, ficou nas galáxias mais próximas e complexas. À medida que a visualização avança, mostrando locais mais distantes da Terra, é possível observar diferentes estágios da evolução do universo.

A galáxia mais distante na visualização, conhecida como galáxia de Maisie, é um alvo de grande interesse para os astrônomos, e foi descoberta em 2022 graças ao James Webb. Ela se formou cerca de 390 milhões de anos após o Big Bang, ou cerca de 13,4 bilhões de anos atrás. E é um exemplo de galáxia primitiva e uma das primeiras galáxias brilhantes e extremamente distantes encontradas pelo Webb.

Agora, o Space Telescope Science Institute, centro científico de operações do Telescópio Espacial Hubble e do Telescópio Espacial James Webb, montou uma incrível visualização 3D que permite que você voe pelo espaço em direção à Galáxia de Maisie a uma velocidade nunca antes pensada.

Cada segundo de visualização leva o espectador de volta ao passado em cerca de 200 milhões de anos, até chegar à galáxia em cerca de 68 segundos. “Este observatório apenas abre todo esse período para estudarmos”, disse Rebecca Larson, do Instituto de Tecnologia de Rochester, nos Estados Unidos, em nota. “Não podíamos estudar galáxias como a de Maisie antes porque não podíamos vê-las. Agora, não só somos capazes de encontrá-las em nossas imagens, como também podemos descobrir de que são feitas e se diferem das galáxias que vemos por perto.”

Observando além

A agência espacial conta que essa visualização não apenas mostra o quão longe o Webb pode observar, mas também o quanto ele se baseia nas realizações do Hubble. Em muitos casos, o conjunto de dados dos dois telescópios permitiram aos pesquisadores determinar quais galáxias estavam realmente distantes e quais estavam próximas, mas tão empoeiradas que sua luz visível foi obscurecida.

Percorrer longas distâncias com o observador não é algo simples, uma vez que devido à expansão acelerada do universo, as coisas estão se afastando cada vez mais rápido. Isso também só reforça o potencial do observatório lançado em 2021.

“Essa observação excedeu nossas expectativas. O grande número de galáxias que estamos encontrando no início do universo está no topo de todas as previsões. A capacidade do observatório de realizar pesquisas como essas fornece uma demonstração dos instrumentos do Webb para os astrônomos usarem como referência para observações futuras”, comemora Steven Finkelstein, da Universidade do Texas em Austin.

O próximo objetivo é aprender sobre a formação de estrelas nessas galáxias iniciais. Segundo Finkelstein, os pontos principais são: entender se essas galáxias estão formando mais estrelas do que o esperado e se as estrelas criadas são mais massivas do que se acredita.

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