Espaço

Por Redação Galileu

Nesta sexta-feira (14), às 6h05 (horário de Brasília), a nave indiana Chandrayaan-3 foi lançada em direção à Lua. O evento marca os esforços da Índia em se tornar a quarta nação a chegar ao satélite.

A nave e um rover partiram dentro do foguete Launch Vehicle Mark-3 (LVM3), do Centro Espacial Satish Dhawan, na ilhas de Sriharikota. A separação da nave com o foguete foi bem-sucedida, iniciando oficialmente a missão indiana.

É a segunda vez que a Índia tenta aterrissar na superfície lunar: em 2019, a sonda e o rover da missão Chandrayaan-2 bateram no satélite por conta de um problema de software. Oficiais da Organização de Pesquisa Espacial Indiana (ISRO) dizem estar confiantes no sucesso da missão desta vez. O pouso da nave na Lua está previsto para 23 ou 24 de agosto.

Terceira missão

Os cientistas do ISRO estão contando com um novo algoritmo encapsulado no software da Chandrayaan-3 para o sucesso do pouso. Em vez de interpretar a velocidade a partir de imagens estáticas como na segunda missão, a nova tecnologia estimará a velocidade da nave em tempo real conforme a sonda se aproximar da superfície lunar.

Em comunicado oficial, o primeiro ministro da Índia, Narendra Modi, agradeceu o esforço dos cientistas envolvidos na missão: "14 de julho estará para sempre gravado em letras douradas no que diz respeito ao setor comercial espacial da Índia. Chaandrayaan-3, nossa terceira missão lunar, embarcará em sua missão. Esta missão extraordinária carregará as esperanças e sonhos da nossa nação".

O país investiu cerca de US$ 73 milhões na missão, com esperanças de que, se bem-sucedida, acelere as ambições em explorar o espaço a baixo custo num momento em que muitos países querem estabelecer presenças de longo prazo na Lua.

"Cobrindo mais de 300 mil km, [a Chandrayaan-3] chegará à Lua nas próximas semanas. Instrumentos científicos a bordo estudarão a superfície lunar e aprimorarão nosso conhecimento", afirmou o primeiro ministro.

A Chandrayaan-3 antes do lançamento; missão pretende aterrissar em polo sul lunar — Foto: ISRO
A Chandrayaan-3 antes do lançamento; missão pretende aterrissar em polo sul lunar — Foto: ISRO

Aterrissagem

A Chandrayaan-3 irá pousar no polo sul lunar, uma região com potencial para exploração espacial, já que provavelmente é abundante em gelo de água, que é crucial para manter a vida. Acredita-se ainda que esse gelo possa ser extraído para ser utilizado como combustível de foguete.

"A missão é mais significativa em relação à capacidade precisa de pouso da sonda Chandrayaan-3 no local específico da superfície lunar", disse Arun Sinha, que já foi cientista sênior do ISRO, em entrevista ao site Space.

A missão seria a primeira a conseguir pousar no local: até agora, todas as que tentaram alcançar o polo sul da Lua falharam. Diferente das áreas equatoriais mais acessíveis da superfície, que recebem bastante luz do Sol para as naves de energia solar, as regiões do polo sul recebem luz solar em ângulos baixos. Além disso, as grandes sombras tornam um pouso seguro desafiador.

A sonda é chamada Vikram ("coragem" em sânscrito) e teve suas pernas reforçadas para que possa sobreviver a um pouso mais acelerado. Após um pouso seguro, o rover de seis rodas chamado Pragyan ("sabedoria" em sânscrito), movido por seu próprio conjunto solar e guiado por câmeras para evitar obstáculos, sairá da Vikram em direção à superfície lunar.

O rover está equipado com um espectrômetro para analisar o solo e as rochas do satélite, bem como um espectrômetro induzido a laser para atirar em seus alvos e extrair seus componentes químicos. Estima-se que o rover e a sonda operem por um dia solar, o equivalente a duas semanas terrestres do nascer ao pôr do Sol — as noites lunares são muito rígidas.

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