Espaço

Por Redação Galileu

Nesta terça-feira (16), a espaçonave Juno passará pela lua vulcânica de Júpiter, Io, em seu voo mais aproximado do satélite até agora. Em seguida, a nave da Nasa se aproximará do próprio planeta gigante.

O orbitador movido a energia solar já voou mais de 820 milhões de km, documentando encontros próximos com três das quatro maiores luas de Júpiter. O voo mais perto de Io, que é a 51ª órbita de Juno ao redor do satélite, será a uma altitude próxima de apenas 35,5 mil km.

“Io é o corpo celeste mais vulcânico que conhecemos em nosso Sistema Solar”, conta Scott Bolton, investigador principal da Juno do Southwest Research Institute, no Texas, em comunicado.

Segundo Bolton, observar Io em várias passagens da Juno pode permitir aos cientistas perceber como os vulcões variam na lua, sua frequência de erupção, brilho, temperatura, se há ligação com o solo e a forma como o fluxo de lava muda.

Imagem composta de Io foi gerada usando dados coletados pelo gerador de imagens JunoCam a bordo da espaçonave Juno da Nasa durante quatro sobrevoos da lua joviana — Foto: Björn Jónsson, Jason Perry (CC NC SA), Mike Ravine (CC BY), Kevin M. Gill
Imagem composta de Io foi gerada usando dados coletados pelo gerador de imagens JunoCam a bordo da espaçonave Juno da Nasa durante quatro sobrevoos da lua joviana — Foto: Björn Jónsson, Jason Perry (CC NC SA), Mike Ravine (CC BY), Kevin M. Gill

Um pouco maior que a lua da Terra, Io é um mundo em constante tormento. Júpiter está sempre o puxando gravitacionalmente com seus irmãos galileanos: as luas Europa e Ganímedes (a maior do Sistema Solar).

Imagens que descrevem a atividade vulcânica em Io, geradas usando dados da espaçonave Juno da Nasa durante sobrevoos da lua joviana em 14 de dezembro de 2022 (à esquerda) e 1º de março de 2023 — Foto: NASA/JPL-Caltech/SwRI/ASI/INAF/JIRAM
Imagens que descrevem a atividade vulcânica em Io, geradas usando dados da espaçonave Juno da Nasa durante sobrevoos da lua joviana em 14 de dezembro de 2022 (à esquerda) e 1º de março de 2023 — Foto: NASA/JPL-Caltech/SwRI/ASI/INAF/JIRAM

Originalmente, Juno foi projetada para estudar Júpiter, mas seus sensores também fornecem dados sobre as luas do planeta. Os vulcões de Io, assim como as interações das erupções com a magnetosfera e auroras jupiterianas, serão estudados com o gerador de imagens de luz visível JunoCam.

O assunto também poderá ser investigado com os instrumentos JIRAM (Jovian InfraRed Auroral Mapper), SRU (Stellar Reference Unit) e MWR (Microwave Radiometer) da espaçonave.

Imagens do instrumento JIRAM (Jovian Infrared Auroral Mapper) a bordo da espaçonave Juno da Nasa durante um sobrevoo da lua em 16 de outubro de 2021 — Foto: NASA/JPL-Caltech/SwRI/ASI/INAF/JIRAM
Imagens do instrumento JIRAM (Jovian Infrared Auroral Mapper) a bordo da espaçonave Juno da Nasa durante um sobrevoo da lua em 16 de outubro de 2021 — Foto: NASA/JPL-Caltech/SwRI/ASI/INAF/JIRAM

“Nossos próximos sobrevoos em julho e outubro nos aproximarão ainda mais, levando aos nossos encontros duplos com Io em dezembro deste ano e fevereiro do próximo ano, quando voarmos a 1,5 mil km de sua superfície”, prevê Scott Bolton.

A Nasa divulgou em seu perfil no Twitter @NASASolarSystem que o sobrevoo poderá ser visto em tempo real em um simulador 3D do Sistema Solar. “Se tudo correr bem, novas visualizações ainda mais detalhadas de Io devem estar disponíveis ainda nesta semana”, escreveu a agência espacial.

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