• Redação Galileu
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Bólido registrado em Petrópolis (RJ)  (Foto: Twitter/Reprodução/@exossorg)

Bólido registrado em Petrópolis (RJ) (Foto: Reprodução Twitter/@exossorg)

Às 22h30 (horário de Brasília) da última segunda-feira (7), um objeto brilhante cruzou o céu de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. O acontecimento foi divulgado no Twitter pela Exoss Meteros, plataforma brasileira colaborativa do estudo de meteoros






Analisando as imagens captadas pelas câmeras de monitoramento da Exoss, especialistas constataram que o objeto se tratava de um bólido. Esse é o nome dado a bolas de fogo que explodem em "um flash brilhante em seu final, muitas vezes com fragmentação visível”, segundo explica a Associação Americana de Meteoros (AMS, na sigla em inglês).

O fenômeno chama bastante atenção e pode gerar certa confusão em sua classificação. Isso porque, dependendo de seu comportamento, um meteoro pode ser classificado como uma bola de fogo ou um bólido.

Uma bola de fogo é um meteoro com intensidade de brilho maior que a de Vênus, de acordo com o site da AMS. Nesse caso, o objeto brilha mais que a magnitude -4. Já um bólido explode ou se desfaz. Ele geralmente acompanha um estrondo sônico antes de atingir o solo, de acordo com a enciclopédia de astronomia Cosmos, da Universidade de Tecnologia de Swinburne, na Austrália.

Bólido avistado em Petrópolis (RJ) pela Exoss explodiu ao entrar na atmosfera  (Foto: Twitter/@exossorg/Reprodução)

Bólido avistado em Petrópolis (RJ) pela Exoss explodiu ao entrar na atmosfera (Foto: Twitter/@exossorg/Reprodução)

Aproximadamente 5 mil desses corpos caem por ano na Terra, mas poucos são observados. Normalmente, a queda dos fragmentos ocorre sobre áreas escassamente povoadas ou oceanos.

Isso faz o evento em Petrópolis algo tão especial que a Exoss pede que quem observou o bólido envie seu depoimento para a plataforma. Segundo o projeto, até meados de maio de 2014, a falta de um mecanismo para realizar essas observações era um empecilho. A ferramenta de catalogação foi inaugurada em uma parceria entre a AMS e a Organização Internacional de Meteoros (IMO), apoiada pelo The European viDeo Meteor Observation Network – Edmond.






“Com a ferramenta agora disponível no Brasil pela Exoss, qualquer pessoa com ou sem experiência neste tipo de fenômeno poderá realizar seu relato e com isso contribuir para uma base de dados única em todo o mundo, seguindo os princípios da ciência cidadã, aqui colocada em prática da forma mais democrática e acessível a todos”, diz o site do projeto, onde você pode deixar seu relato também.