Reprodução assistida
 


Quem está tentando engravidar sabe que a jornada rumo à maternidade pode ter inúmeros obstáculos e lidar com as frustrações e perdas que surgem ao longo do caminho não é fácil. No caso de Camilla Cristine de Carvalho, uma biomédica de 36 anos, ela enfrentou momentos dolorosos, incluindo três abortos espontâneos, até dar à luz pequeno Eduardo, no último dia 6 de maio, que nasceu por meio de uma cesárea com 36 semanas.

Camilla, que mora em São Paulo com o marido Gustavo Antunes Yamamotom, um advogado de 39 anos, decidiu tentar engravidar em 2014 quando parou de tomar o anticoncepcional. Na época, ela já tinha sido diagnosticada com ovários policísticos, porém, acreditava que conseguiria engravidar de forma natural. Após quatro anos, o casal percebeu a necessidade de buscar ajuda profissional.

Camilla deu à luz pequeno Eduardo após três abortos  — Foto: Arquivo Pessoal
Camilla deu à luz pequeno Eduardo após três abortos — Foto: Arquivo Pessoal

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Em seu trabalho, Camilla já tinha se familiarizado com a história de muitas mulheres que enfrentaram dificuldades para engravidar, já que ela trabalha na Engravida — uma clínica de reprodução assistida que busca oferecer tratamentos de Fertilização in Vitro com preços mais acessíveis. Como viu que sua própria trajetória começou a ficar parecida com a dessas tentantes, a biomédica sentiu a necessidade de ouvir a opinião de um especialista da própria clínica onde ela trabalha. Após fazer alguns exames, a profissional descobriu que não estava ovulando e iniciou um tratamento para estimular a ovulação, mas não teve sucesso. Em seguida, a biomédica precisou passar por uma cirurgia para retirar a vesícula e decidiu dar uma pausa nas tentativas para engravidar.

No ano de 2021, o casal chegou à conclusão que o tempo estava passando e que era necessário iniciar um tratamento de fertilização in vitro e optaram por fazer na Engravida. “Nós tínhamos que começar, meu marido quer ter uma creche”, brincou a biomédica. Em junho de 2021, a profissional deu início ao tratamento de fertilização, no qual o estímulo da ovulação resultou em 14 óvulos, dos quais sete foram fertilizados e se desenvolveram em embriões. No ano seguinte, em janeiro, ocorreu a primeira transferência dos embriões para Camilla.

A biomédica lembra que esse foi um momento de muita ansiedade. Embora os médicos tivessem dito que era necessário fazer o exame de beta HCG após nove dias, ela não aguentou e fez o teste de urina antes do tempo recomendado. Para sua alegria, o teste deu positivo e foi confirmado posteriormente pelo exame de sangue. No entanto, dias depois, o casal recebeu a triste notícia que a gravidez não tinha evoluído.

Camilla com o marido  — Foto: Arquivo Pessoal
Camilla com o marido — Foto: Arquivo Pessoal

Vivenciar esse momento foi bem doloroso para Camilla. “Passar por todas as etapas da fertilização não são fáceis. É uma luta solitária, porque a mulher se culpa muito”, desabafou a biomédica, que sentiu uma sensação de luto pela primeira tentativa frustrada. Após passar pelo acompanhamento psicológico, Camilla decidiu realizar uma nova transferência em fevereiro. Mais uma vez, o exame de sangue deu positivo e o casal chegou até ver o saco gestacional do bebê. No entanto, logo depois, a biomédica teve um sangramento muito intenso e ao chegar ao hospital foi informada que ela tinha sofrido um aborto espontâneo. “Eu queria me isolar do mundo”, ela lembra. Na ocasião, a profissional ressalta que seu marido estava a apoiando muito, mas também ficou bem abalado.

O pequeno Eduardo nasceu em maio — Foto: Arquivo Pessoal
O pequeno Eduardo nasceu em maio — Foto: Arquivo Pessoal

Diante dessa triste situação, Camilla decidiu tirar férias de 15 dias para lidar com mais um momento de luto. Embora tenha vivenciado esse período difícil, ela não queria desistir e depois de se sentir preparada fisicamente e emocionalmente, tentou mais uma transferência em maio e engravidou de novo. Na sequência, a história se repetiu: um sangramento e posteriormente a confirmação de mais um aborto espontâneo.

Durante todo esse período, Camilla enfrentou desafios emocionais e precisou de muito apoio dos familiares e dos profissionais de saúde para não desistir. Com determinação, ela seguiu em frente e optou por fazer mais uma tentativa. Nesse momento, ela já tinha usado quatro embriões, restando apenas três. Como queria aumentar suas chances de engravidar, ela realizou mais uma fertilização in vitro e conseguiu mais um embrião. A quarta transferência ocorreu em setembro de 2022. Camilla fez os testes de urina e de sangue, ambos positivos. No entanto, dessa vez, a história teve um desfecho diferente. A biomédica se lembra de ir fazer o ultrassom bem tensa, mas quando ouviu o coração do seu filho, não conseguiu segurar sua emoção.

Após passar por esses anos turbulentos, Camilla teve uma gestação tranquila e só divulgou para os familiares quando completou 12 semanas. Segundo a biomédica, ainda não se sabe o que teria influenciado as perdas anteriores, já que ela não tinha alterações no útero ou hormonal, no entanto, esse período difícil serviu como um aprendizado. Hoje com seu filho no colo, a profissional traz uma mensagem importante para as tentantes: não desista dos seus sonhos, vale muito a pena. Se precisar, busque apoio".

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