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Embora seja raro, algumas mulheres podem menstruar mais de uma vez no mesmo mês, o que é conhecido como polimenorreia. "Os ciclos menstruais podem variar de 24 a 38 dias e, se a mulher tiver os ciclos mais curtos, a menstruação pode ocorrer ainda no mesmo mês e ser completamente normal", tranquiliza Juliana Schablatura Vera, ginecologista e obstetra da clínica Parto com Amor.

Menstruou duas vezes no mesmo mês? — Foto: Freepik
Menstruou duas vezes no mesmo mês? — Foto: Freepik

Se a mulher sempre menstruou duas vezes no mês, não há nada com o que se preocupar. A próxima menstruação deve ocorrer no mesmo intervalo de tempo após o último ciclo. Mas se começou a ocorrer de repente, é importante descobrir o que pode estar por trás. "Se o sangramento foge muito do padrão menstrual da mulher, pode, sim, indicar alguma condição que mereça investigação ginecológica", diz a médica.

Por isso, caso o ciclo menstrual sofra alterações — seja na quantidade, aspecto ou periodicidade —, busque um ginecologista para avaliar as possíveis causas, já que, em alguns casos, pode ser um sinal de alerta para condições mais preocupantes. "Descartando uma gestação, é interessante buscar atendimento médico para avaliar se há algum problema de coagulação; se há alguma lesão no colo do útero; se há lesões dentro do útero, como pólipos, miomas, adenomiose, câncer de endométrio, DIU mal posicionado; ou se há alguma alteração hormonal", recomenda Juliana Schablatura.

Menstruação x sangramento de escape

Além da polimenorreia e de uma irregularidade no ciclo, algumas mulheres também podem notar manchas vermelhas na calcinha mais de uma vez durante o mês, sem que isso seja, necessariamente, sinal de uma menstruação. É o caso, por exemplo, do sangramento de escape, que pode acontecer em dois momentos em um ciclo menstrual normal (ou seja, quando o ovário produz um óvulo e ele fica aguardando uma possível fecundação que, se não acontece, vem a menstruação 14 dias depois). Primeiro, quando se tem ovulação, porque ali existe um pico hormonal e essa alta pode causar um pequeno sangramento no que seria o meio do ciclo. E em uma segunda ocasião, quando a mulher está mais próxima ao término do ciclo, perto do que seria o começo da menstruação por causa da queda da progesterona.

Vale ressaltar, no entanto, que o escape não tem a duração de uma menstruação comum — normalmente, ele acontece por 1 a 2 dias e logo se transforma em um sangue amarronzado e escuro. Depois, ele ganha um aspecto de borra de café até desaparecer. Acontece de forma mais frequente em quem usa anticoncepcionais hormonais.

E como diferenciar o sangramento de escape de uma menstruação que possa estar irregular? A melhor forma de fazer isso é observando a coloração e o aspecto do sangramento. Qualquer sangue que não seja menstrual normalmente se inicia com um tom mais vermelho vivo, que não apresenta resíduos. Já a menstruação é um evento fisiológico que ocorre quando a progesterona baixa e se tem a descamação do endométrio. Ela tem um aspecto mais “vinhoso”, ou seja, o sangue tem uma cor mais forte, em tom de vinho, traz resíduos celulares e que começa com forte intensidade para, depois, ir diminuindo ao longo dos dias (pode durar entre três e sete dias). Os dois sangramentos são bem diferentes.

Sangramento de escape e fertilidade têm alguma relação? Não. Quem está usando o método anticoncepcional hormonal de maneira correta não precisa se preocupar com gravidez caso o escape ocorra. O problema é que, em alguns casos, a mulher acaba se esquecendo de tomar os comprimidos da cartela ou não os ingere diariamente por algum outro motivo e, como cai a taxa de hormônio que o método anticoncepcional entrega para o corpo, pode-se ter uma perda sanguínea, o que facilita liberar o ovário para a produção de um óvulo. É preciso, então, tomar cuidado para que o escape não decorra dessa pausa ou falta de hormônio. Já quando se tem um sangramento natural, de meio de ciclo, sem que se esteja utilizando nenhuma prevenção, ele pode durar em torno de 24 horas e pode, sim, ser sinal de ovulação.

Menstruação x nidação

Há, ainda, mais uma possibilidade de sangramento que a mulher pode notar ao longo do mês e que também não indica uma menstruação: a nidação. Ela ocorre, geralmente, entre 7 e 14 dias após o período fértil, ou seja, de uma a duas semanas depois da ovulação e, na maioria das vezes, é imperceptível, mas pode provocar um sangramento vaginal de pequena intensidade, acompanhado de desconforto pélvico e cólicas leves. Segundo o obstetra Braulio Zorzella, representante da rede ReHuNa (Rede de Humanização do Parto e Nascimento), isso pode ocorrer quando o zigoto (que vai dar origem ao embrião) se fixa na parede do útero, dando início à gravidez. "Acontece da seguinte forma: após a fecundação, ainda na trompa, forma-se o zigoto. Ele se movimenta em direção ao útero na sequência. Quando encontra o endométrio, tecido no interior do útero, o zigoto o perfura para se fixar. Essa perfuração pode provocar um sangramento de cor escura, em pequena quantidade, durando entre um e três dias. Por causa da aparência e da curta duração, é possível diferenciá-lo da menstruação", explica o especialista. "O sangramento de nidação é, portanto, normal. Mas se você perceber um sangramento vivo, em grande quantidade, procure atendimento médico", recomenda Zorzella.

Quer acompanhar o seu ciclo menstrual?

Com a nossa calculadora de fertilidade, você pode analisar quando ocorrerá seu período fértil e sua próxima menstruação, de acordo com o tempo médio de duração do seu ciclo, caso ele esteja regular. Essa estimativa apresentada pela calculadora também pode ajudá-la a avaliar o tipo de sangramento que pode ocorrer ao longo do mês. Confira:

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